A fabricante americana de embarcações de apoio a atividades petrolíferas Hornbeck Offshore lança hoje, quinta-feira, no Porto do Rio, seu primeiro navio de bandeira brasileira. Construída em Panamá City, na Florida, a unidade, chamada "Hos Brass Ring", pertence à Hornbeck Offshore Navegação, subsidiária integral do grupo americano. O navio faz parte do programa de desenvolvimento de embarcações da holding, de US$ 1,4 bilhão (o equivalente a cerca de R$ 5,1 bilhões), dos quais 90% já foram cumpridos.

O Hos Brass Ring, que ainda não tem um cliente específico, será a única embarcação do grupo americano a operar neste momento no Brasil, que já chegou a responder por 25% do faturamento da companhia na área petrolífera e hoje representa um "pequeno percentual" da receita global, segundo Todd Hornbeck. presidente da construtora naval.

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"Mais recentemente decidimos mobilizar de volta para os Estados Unidos os navios cujos contratos terminam no Brasil, em vez de estendê-los com a Petrobras ", disse o executivo ao Valor. "Hoje o mercado de embarcações offshore no Brasil está extremamente desafiador. Os escândalos envolvendo a Petrobras, juntamente com o ambiente atual de preços das commodities, estão atrasando a exploração e o desenvolvimento dos vastos recursos do país", completou.

A estratégia para o Brasil consiste em buscar contratos específicos que agreguem valor aos investimentos em equipamentos especializados desenvolvidos pela Hornbeck, permitindo a diversificação geográfica da companhia no mundo. "Isso necessariamente envolve petrolíferas internacionais e independentes e prestadores de serviços que trabalham no mercado offshore brasileiro, bem como a Petrobras", afirmou o executivo.

Com faturamento anual de US$ 476,1 milhões (cerca de R$ 1,7 bilhão), a empresa prevê investir globalmente US$ 133 milhões (quase R$ 500 milhões) nos próximos dois anos. "Estamos em ótima posição para enfrentar o cenário atual de preços das commodities, com sólida posição de caixa, de US$ 260 milhões [quase R$ 1 bilhão]", explicou Hornbeck.

(Fonte: Valor Econômico\Rodrigo Polito | Do Rio)