BNDES aprova R$ 1,2 bilhão para navios de fornecedora do pré-sal

CBO, empresa de navegação do grupo Fischer, vai construir 19 embarcações de apoio a plataformas
O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) aprovou um financiamento equivalente a R$ 1,2 bilhão (US$ 750 milhões é o valor original do contrato) à Companhia Brasileira de OffShore (CBO), do grupo Fischer, para a construção de 19 embarcações de apoio marítimo, num dos maiores empréstimos já realizados pelo banco ao setor naval privado.
Foto: Divulgação
Navio de apoio marítimo da CBO, na baía da Guanabara: frota naval para atender plataformas da Petrobras em alto-mar
O dinheiro, que teve aprovação pela diretoria do BNDES no fim de maio, sairá do Fundo da Marinha Mercante (FMM), do Ministério do Transportes. Com os recursos, o grupo brasileiro poderá dobrar sua frota de navios, tornando-se a maior detida por uma empresa de capital nacional. A empresa possui 17 navios e deve concluir a construção de outros dois no segundo semestre. A informação do bilionário empréstimo foi confirmada pelo BNDES e a CBO.
O objetivo do empréstimo é atender a demanda da Petrobras em suas plataformas de exploração em alto-mar do petróleo do pré-sal. Os 19 navios, dos quais 17 deles poderão transportar 3 mil toneladas de carga máxima e outros dois 4,5 mil toneladas, serão construídos pelo Estaleiro Aliança, também de propriedade do grupo Fischer, localizado em Niterói, na região metropolitana do Rio de Janeiro. Mas apenas quatro dos 19 navios previstos pela CBO já foram licitados pela Petrobras. A empresa aguarda novas rodadas de licitações.
As embarcações a serem construídas serão do tipo PSV (sigla em inglês para navios de apoio à plataforma). São navios que transportam suprimentos às plataformas, com capacidade de se manter estáveis em alto-mar, evitando colisões ou afastando-se das grandes estruturas de perfuração flutuantes.
Para atender os critérios de uso de componentes de fabricação nacional, a empresa utilizará sua unidade em São Gonçalo, onde serão produzidos os blocos de aço para os navios. A CBO do grupo Fischer, que atua também na produção de suco de laranja e maçã e é controlada pela família de mesmo nome, se dedicou nos últimos anos em atividades de navegação especializada ao apoio offshore. A empresa não informa seu faturamento, mas sua receita gira em aproximadamente R$ 200 milhões, segundo estimativas.
Em 2008, a Petrobras disse que precisaria 146 navios de apoio para suas plataformas, número que já é considerado insuficiente, segundo alguns especialistas. A demanda poderá ser três vezes maior, dizem alguns técnicos, levando em conta as descobertas mais recentes e a reavalição de projeções da estatal. Cada plataforma precisa de três a cinco navios de apoio, calculam. Mas o que se sabe é que, dos 146 navios de apoio, 64 unidades são da modalidade de PSVs, dos quais 49 unidades de 3 mil toneladas e 15 unidades de 4,5 mil toneladas.

Fonte: Grande Prêmio/André Vieira, iG São Paulo



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