Brasileira vai investir em projetos de exploração em águas profundas

Do Rio e de Buenos Aires - Produzindo atualmente em blocos considerados maduros, a Petrobras se volta para projetos de exploração em águas profundas na Argentina, em parceria com outras petrolíferas. Um dos novos alvos da exploração é a Bacia das Malvinas, em águas territoriais argentinas, que não estão em disputa com o Reino Unido. Os primeiros poços, a 289 quilômetros da costa, deverão ser feitos no quarto trimestre de 2010. É um investimento conjunto entre Petrobras, YPF Repsol e Pan American Energy.
Outra ofensiva ocorrerá no chamado Golfo San Jorge, a 200 quilômetros do litoral, na altura do balneário de Mar del Plata. A Petrobras atuará com participação de 25% em um consórcio integrado por mais três empresas: YPF Repsol (35%), Enarsa (35%) e Petrouruguay (5%). São as primeiras explorações relevantes em águas profundas na Argentina nos últimos 30 anos, segundo admite o próprio governo local.
No país, a Petrobras segue uma linha de absoluta discrição, para evitar confrontos com o governo. Só se manifesta em comunicados à Comissão Nacional de Valores e se expõe bem menos do que as rivais Shell e YPF Repsol. No ano passado, a empresa diminuiu em 42% seus investimentos em exploração e produção de petróleo e gás - de 1,8 bilhão para 1,05 bilhão de pesos (em torno de R$ 480 milhões).
Nos últimos dias, o Valor conversou com executivos da petrolífera brasileira, fontes diplomáticas e especialistas no setor para entender a estratégia da empresa. A estatal avalia que a política energética do governo Cristina Kirchner é errática e desestimula as atividades de exploração e produção, mas justifica seus investimentos em novos poços como uma estratégia de longo prazo. Uma das principais queixas da Petrobras - e de todas as demais petrolíferas no país - é quanto à tributação. As empresas só recebem de US$ 42 a US$ 47 por barril de petróleo vendido, não importa qual seja a cotação internacional. O restante fica retido como participação do governo. (CS e DR)

Fonte: Valor Econômico

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