Chineses vão explorar petróleo no Brasil

A petroleira Sinopec terá participação em dois blocos da Petrobrás no norte do País
RIO - A petroleira chinesa Sinopec terá participação acionária em dois blocos petrolíferos da Petrobrás no norte do País. O negócio será selado no fim da semana, durante visita do presidente da China, Hu Jintao, ao Brasil, em acordo de cooperação que inclui ainda as áreas de serviços e equipamentos para o setor de petróleo.
A comitiva chinesa assinará acordos também em outros segmentos da economia, como telecomunicações e siderurgia. A Sinopec informou ao Estado que vai assinar dois documentos com a Petrobrás em data ainda a ser definida – depende da agenda de Jintao, que chega ao Brasil nesta quarta-feira, 14.
O primeiro acordo conclui negociações iniciadas no ano passado, quando Petrobrás e Sinopec iniciaram conversas para a entrada da companhia chinesa em blocos exploratórios no País, dentro de uma política de internacionalização desta última.
Pelo acordo, a Sinopec terá uma fatia nos blocos BM-PAMA-3 e BM-PAMA-8, em águas profundas da Bacia do Pará-Maranhão, arrematados pela estatal brasileira respectivamente na 3ª e na 5ª rodadas de licitações da Agência Nacional do Petróleo (ANP). Trata-se de uma bacia de nova fronteira, com pouco conhecimento geológico e, portanto, com maiores riscos exploratórios. Não há ainda produção de petróleo na região.
A aprovação do negócio depende de análise pela ANP. O valor da operação não foi revelado, mas especula-se que a companhia chinesa ficará com 20% de participação em cada área. A empresa demonstrou interesse em ampliar sua área de atuação no País e de adquirir participação em outros blocos, bem como participar de futuras rodadas de licitações de blocos exploratórios.
Estreia no Brasil
O negócio marca a estreia da Sinopec no segmento de exploração e produção de petróleo no Brasil. A empresa está presente no País desde 2004, atuando na construção de gasodutos para a Petrobrás – foi ela a responsável pelo maior trecho do Gasoduto Sudeste Nordeste (Gasene), inaugurado no mês passado.
O segundo documento diz respeito à ampliação das operações. Além de exploração e produção, Sinopec e Petrobrás vão identificar oportunidades conjuntas em segmentos como refino e fornecimento de bens e serviços para o setor de petróleo. Segundo fontes do mercado, a companhia chinesa está negociando uma parceria com a baiana Delba Marítima para a construção de uma das cinco sondas que a empresa vai construir para a Petrobrás.
Autoridades da área de energia da China estiveram ontem na ANP, onde viram apresentações sobre o setor de petróleo.
O Ministério das Relações Exteriores informou que outros três contratos serão assinados pela comitiva. Dois são no setor de telecomunicações, envolvendo a Oi e a fornecedora de equipamentos Huawei, com financiamento do banco de desenvolvimento da China; e a Vivo e a fabricante de celulares ZTE. Huawei e ZTE são indústrias chinesas que têm filiais no Brasil.
O outro negócio é da empresa siderúrgica chinesa Wuhan Iron & Steel (Wisco) com o grupo EBX, do empresário Eike Batista. Existe um memorando de entendimento para que a Wisco construa uma usina siderúrgica no complexo do Açu. Entre 30 de novembro do ano passado e 26 de fevereiro deste ano, a Wisco comprou 21,52% do capital da MMX, que vai fornecer minério para a siderúrgica, orçada em US$ 5 bilhões.

Fonte:  O Estado de S. Paulo /Nicola Pamplona/Colaboraram Kelly Lima e Adriana Chiarini

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