Empresário aponta condições para o estaleiro

Área de 100 hectares, livre e desembaraçada, com 600 metros de frente para o mar são exigências do empresário
Em meio às negociações políticas e técnicas do governador Cid Gomes e da prefeita de Fortaleza, Luizianne Lins, à definição de um local para instalação do estaleiro Promar Ceará, o sócio da empresa PJMR, Paulo Haddad, delineou na tarde de ontem, o que o grupo empreendedor requer para construir no Estado, o equipamento naval: área de um milhão de metros quadrados (100 hectares) livre e desembaraçada, com 600 metros de linha de frente de mar e com profundidade entre 10 e 12 metros, além de ser abrigada, sem impacto de ondas. Sem isso, explicou Haddad, o projeto não virá para o Ceará, devendo migrar para outro Estado.
Diante da indefinição que perdura entre governo do Estado e Prefeitura, Haddad confirmou que foi convidado pelo governador Cid Gomes, para participar da reunião da próxima segunda-feira, dia 12, com ele e Luizianne Lins. Na oportunidade, ele irá expor o projeto ao secretariado Município e à prefeita, mas já antecipou que a área para localização deverá ser apontado pelos chefes dos executivos estadual e municipal.
"Pelo que nós analisamos, o Titanzinho é a única possibilidade, mas quem tem que oferecer as facilidades, a localização, a infraestrutura é o governo do Estado e a Prefeitura", alertou o empresário. Conforme disse, "não dá para sacrificarmos o projeto, por conta da indefinição da área. Não há o que se discutir nesse sentido". Ele explica que na primeira etapa do Estaleiro, à construção de oito navios gaseiros, serão investidos cerca de R$ 250 milhões e na segunda fase, quando pretendem disputar a licitação para construção de plataformas de petróleo, os investimentos poderão chegar a R$ 1 bilhão.
Licitação
Paulo Haddad informou que a licitação da Transpetro para construção dos navios gaseiros, para a qual a Promar Ceará concorre juntamente com os estaleiros Eisa S/A e Mauá deve ser anunciada antes do dia 15 próximo, conforme divulgou, com exclusividade, o Diário do Nordeste, na edição do último dia 2. Quanto à evolução da disputa, ele disse apenas que "estamos tranquilos".
Mas revelou que o grupo teve de reduzir os preços dos navios, antes estimados em R$ 570 milhões, para continuar concorrendo e atender as especificações exigidas pela Transpetro.
Alternativas
Questionado sobre a possibilidade de o estaleiro ser instalado em outra área, a exemplo do Pirambu, o empresário voltou a fazer ponderações relativas à impropriedade da área e o elevado custo que o local demandaria. "Construir (um estaleiro) no Pirambu pode ser feito. Mas será que o governo iria conseguir justificar (à sociedade) os investimentos (de infraestrutura)necessários. Eu digo que não!", ponderou Haddad.
Ele também descartou, antecipadamente, qualquer outra opção que os líderes cearenses venham a apontar, na reunião de segunda-feira.
"Tem que ser uma área abrigada", cobrou, apontando ainda, a necessidade de o estaleiro ser situado próximo ao porto da cidade, tendo em vista o grande volume e o tamanho das peças que precisam ser transportadas.
"No Titanzinho, o transporte seria feito dentro do próprio porto (do Mucuripe)", justifica o empresário.
Além disso acrescenta Haddad, a distância do equipamento a uma área de mão-de-obra disponível seria prejudicial à produtividade da empresa e aos próprios operários. Ele prometeu treinar todos os trabalhadores em oito meses.

Fonte: Diário do Nordeste/CARLOS EUGÊNIO



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