Estatal arrenda estaleiro Ishibrás

Para assegurar a construção de sondas e plataformas do pré-sal, a Petrobras arrendou um estaleiro no Rio de Janeiro e terá de investir, pelo menos, R$ 100 milhões na sua reativação. Localizado no bairro portuário do Caju, o antigo estaleiro Ishibrás está praticamente parado. Após a reforma, que deve durar pelo menos oito meses, poderá receber obras de sondas de perfuração e cascos de plataformas de grande porte.

Com a premissa de encomendar o máximo possível de sondas e plataformas de produção no País, a Petrobras convive com a falta de instalações para tocar seus projetos. A saída foi alugar o estaleiro. O valor do contrato não foi revelado, mas é estimado em R$ 4 milhões ao mês. A estatal arrendou a unidade por 20 anos com a opção de compra após esse prazo ou de prorrogação por mais dez anos. A direção da companhia já deu o aval para a assinatura do contrato e os últimos detalhes estão sendo finalizados.

Pelo modelo escolhido pela direção da Petrobras, a operação do estaleiro não ficará a cargo da própria companhia. Será repassada ao grupo vencedor da licitação para a construção de sondas ou plataformas. Esse mecanismo já foi testado num estaleiro no Rio Grande do Sul, que é operado pela construtora W. Torre, vencedora de licitação da companhia. Os custos do arredamento durante a fase da obra serão descontados do valor total do contrato para a construção das sondas ou das plataformas.

Para Paulo Dalmazzo, presidente da CBD, controladora do estaleiro, "está tudo acertado, inclusive o preço". Ele disse que a negociação está em "fase final", embora o contrato não tenha ainda sido assinado. A CBD tem como sócios a Fator Empreendimentos e a Inepar.

Inaugurado em 1954, o antigo Ishibrás possui o maior dique para a construção de navios da América do Sul, mas está praticamente desativado há vários anos. Serve apenas para reparos de embarcações. Para Dalmazzo, a unidade está apta a obras de grande porte e sua modernização não custará mais do que R$ 100 milhões. "A infraestrutura já existe. Com pouco dinheiro, o estaleiro estará no nível do mais moderno do País, o Atlântico Sul, em Pernambuco, cujo investimento estimado foi de US$ 1,7 bilhão", afirma.

Regras do pré-sal. Os projetos de lei que propõem mudanças no marco regulatório do petróleo no País, por causa das descobertas da camada do pré-sal, podem vir a ser questionados judicialmente, argumentaram ontem juristas e especialistas do setor, em evento promovido pelo Instituto Brasileiro de Estudos do Direito da Energia (IBDE) no Rio. "Ainda pairam dúvidas mediante uns cinco artigos constitucionais, pelo menos", disse a presidente do IBDE, Maria D'Assunção da Costa, na abertura do evento.(Fonte: Jornal do Commercio/RJ/ (Com agências)

 

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