LabOceano - Dez anos desenvolvendo tecnologias

O Laboratório de Tecnologia Oceânica (LabOceano) da Coppe/UFRJ completa dez anos de atividades com muitos motivos para comemorar. Desde sua inauguração em abril de 2003, pelo então presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva, o laboratório tem mantido plena atividade. Até fevereiro de 2013, o LabOceano realizou cerca de 100 ensaios e testes, que resultaram em inovações tecnológicas e confiabilidade aos equipamentos e estruturas voltados para os setores naval e petrolífero e atividades offshore. Para celebrar sua primeira década, o LabOceano promoveu no final de abril um seminário internacional com 20 especialistas palestrantes, nacionais e estrangeiros. O evento contou com a participarão 200 pesquisadores e profissionais da área offshore dos cinco continentes.

Primeiro prédio a ocupar o Parque Tecnológico da UFRJ, o LabOceano possui o tanque de testes mais profundo do mundo, com 40 metros de comprimento, 30 metros de largura, 15 metros de profundidade e mais 10 metros adicionais em seu poço central. Com 23 milhões de litros de água doce e altura correspondente a um prédio de oito andares, o tanque oceânico da Coppe é capaz de reproduzir as principais características do meio ambiente marinho e simular fenômenos que ocorrem em lâminas d’água superiores a dois mil metros de profundidade.

De acordo com o professor Paulo de Tarso Esperança, coordenador do LabOceano e professor do Programa de Engenharia Oceânica da Coppe, o objetivo dos testes a serem realizados no laboratório é estudar o comportamento no mar de um sistema para geração de energia elétrica, a partir do gradiente térmico existente entre a superfície e o fundo mar. “Nas zonas tropicais e subtropicais, o gradiente térmico entre a superfície e o fundo do mar pode atingir cerca de 20ºC. Essa diferença de temperatura possibilita a geração de energia elétrica, por meio da utilização de princípios similares aos de um ciclo termodinâmico fechado”, explica o professor da Coppe.

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Outro trabalho inovador que vem sendo realizado no laboratório da Coppe é o desenvolvimento de um simulador de manobras para operações de isolamento e recolhimento de óleo no mar, no caso de derramamento. Trata-se de uma operação minuciosa, em que duas embarcações conduzem uma barreira de contenção, cuja finalidade é impedir o espalhamento do óleo. Paulo de Tarso explica que até mesmo a velocidade de cada uma das embarcações pode interferir no resultado da missão, caso uma não esteja sincronizada com a outra. Isso pode provocar, entre outros acidentes, a ruptura do material utilizado como barreira. A etapa seguinte da operação é a aspiração do óleo por meio de equipamentos denominados skimmers.

A finalidade do simulador é treinar as tripulações das embarcações envolvidas nesse tipo de operação. Hoje, eles só aprendem na prática, o que pode gerar custos e situações de riscos. “A ferramenta computacional está sendo certificada a partir de informações obtidas em testes no mar e podemos acrescentar, quando necessário, resultados obtidos em ensaios realizados no tanque oceânico em embarcações com escala reduzida”, explica Paulo de Tarso.

A intensificação das atividades de exploração de óleo e gás nas camadas geológicas do pré-sal traz muitos desafios tecnológicos e tem atraído grandes investimentos. Há uma previsão de construção, instalação e operação de inúmeros sistemas offshore, envolvendo as mais diversas tecnologias. Mas, antes de sua construção, esses sistemas precisam confirmar sua viabilidade técnica.



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