Nove grupos disputam encomenda da Petrobras

A Petrobras deve receber hoje e amanhã as propostas técnicas e comerciais para a construção, no Brasil, de um conjunto de sondas de perfuração de poços de petróleo em uma encomenda que deve superar os US$ 20 bilhões. Pelo menos nove grupos, sozinhos ou em parceria, devem apresentar ofertas. Até ontem a noite várias empresas ainda trabalhavam no detalhamento das propostas uma vez que, espera-se, a concorrência seja acirrada.
A Petrobras dividiu a encomenda em duas partes: hoje vai receber as ofertas para construção de duas unidades de perfuração, que podem ser do tipo semi-submersível, navio-sonda ou monocoluna. Um empresário do setor disse que essa parte da concorrência consiste em um projeto "inovador" pois os ofertantes podem definir o tipo de plataforma a ser construída. Saem vencedoras as duas melhores ofertas.
Amanhã, a estatal deve receber propostas para a construção de 28 navios-sonda. Esse volume foi dividido em quatro lotes com sete unidades cada um. Executivos do setor estimam que cada sonda construída no Brasil possa custar cerca de US$ 800 milhões, o que representaria um investimento total pela Petrobras da ordem de US$ 22 bilhões.
A Petrobras informou, via assessoria, que não podia confirmar os prazos de entrega das propostas para hoje e amanhã. Disse que o programa prevê no total 40 sondas, das quais 12 contratadas por meio de licitação internacional, com recebimento até 2012. E mais 28 unidades construídas no Brasil com previsão de entrega até 2018. No pacote a ser encomendado no Brasil, cada ganhador poderá ficar com um lote (sete unidades). Assim, a construção das embarcações seria dividida entre quatro grupos.
O Valor apurou que vão entregar propostas o Estaleiro Atlântico Sul (EAS), KeppelFels Brasil, a coreana STX e a parceria entre Odebrecht, OAS e UTC no Estaleiro Enseada do Paraguaçu, projeto programado para a Bahia. No mercado, comenta-se que Jurong, de Cingapura, Engevix, a parceria entre Galvão e Alusa e a Andrade Gutierrez também estariam no páreo. A Andrade Gutierrez utilizaria parte das instalações do estaleiro Mauá, de Niterói (RJ), com o qual negocia uma parceria, para construir as sondas caso ganhe. O Estaleiro Ilha S.A. (Eisa), com projeto de espaço novo em Alagoas, montou proposta, mas só ia decidir se faria oferta após uma reunião prevista para ontem à noite, disseram fontes próximas à empresa.
Procuradas, Engevix e Andrade Gutierrez disseram que não iriam se pronunciar. A Alusa não respondeu. Um executivo do setor disse que existiria a possibilidade de a Engevix apresentar preços bem abaixo da concorrência porque a empresa teria elaborado só o projeto básico e não o projeto completo das sondas. Outro gerente disse, porém, que a Petrobras tem mecanismos para declarar uma proposta "inexequível" quando considera que ficou muito abaixo da média dos demais concorrentes.
A Engevix já tem acordo com a Petrobras para a construção de oito cascos de navios-plataforma. No fim de abril, a estatal informou ao mercado que havia assinado com a Engevix carta de intenção autorizando a empresa a "iniciar providencias, incluindo algumas contratações", para a construção de oito cascos de navios-plataforma. Essas embarcações seriam construídas no dique-seco de Rio Grande (RS) em uma negociação que envolve a empresa WTorre.
A negociação para adquirir o controle do Estaleiro Rio Grande (ERG), que está sendo construído pelo grupo WTorre no Rio Grande do Sul, é o primeiro passo da Engevix para instalar dois grandes polos navais próprios no país. O segundo empreendimento será implantado na região Sudeste a partir do zero pela empresa. Não havia definição sobre local para receber o novo investimento, que pode ficar nos Estados do Rio de Janeiro, São Paulo ou Espírito Santo.

Fonte: Valor Econômico/ Francisco Góes, do Rio

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