Pernambuco, nova parada de estaleiros

26/03 - Cerca de R$ 900 milhões em investimentos e 5.200 empregos diretos em Pernambuco foram anunciados ontem com a assinatura de protocolos de intenção para a construção de dois novos estaleiros no Complexo Industrial Portuário de Suape. Os grupos responsáveis pelos empreendimentos são o sul-coreano STX e o português MPG Shipyards que vão se instalar no complexo para produzir navios e plataformas principalmente para a exploração do petróleo pela Petrobras.
Estaleiro pode produzir de navios de apoio a plataformas petrolíferas. Foto: José Caldas/Petrobras - 12/7/06
O STX assinou um protocolo para se instalar em uma área de aproximadamente 100 hectares em Suape. A confirmação da vinda da fábrica depende, entretanto, da disputa pela produção de sete sondas para exploração de petróleo e dois navios semi-submersíveis, que serão licitados pela Petrobras em maio. Se vencer, a empresa, que já opera no Rio de Janeiro há 11 anos, deverá investir cerca de US$ 350 milhões (aproximadamente R$ 640 milhões) em sua segunda unidade no Brasil.
O grupo foi fundado em 1976 e já opera em 15 estaleiros no mundo, sendo considerado um dos líderesdo mercado de construção naval. Caso vença a licitação, a ideia é começar a produção em agosto deste ano. A planta da STX deverá ter a capacidade de produzir três navios por ano. A previsão é de entregar a primeira sonda à Petrobras daqui a quatro anos. O valor de cada uma dessas sondas está calculado em aproximadamente R$ 1 bilhão.
O STX deverá adotar o mesmo modelo de produção do Estaleiro Atlântico Sul, que começou a fabricar seu primeiro navio paralalelamente à construção da infraestrutura de sua planta em Suape. "O mercado de petróleo e gás no Brasil é considerado estratégico para o STX. É o que cresce mais rápido no mundo e trata-se de uma grande oportunidade no futuro", disse o presidente da empresa na América Latina, In Hwan Ryu.
Offshore - Já a MPG pretende implantar em Suape um estaleiro para a produção de módulos offshore, equipamentos para navios e projetos eólicos. A empresa, da cidade de Setúbal, deve investir cerca de US$ 140 milhões (R$ 255 milhões) na unidade, que inicialmente estará voltadapara a produção de navios de apoio a plataformas petrolíferas, utilizados pela Petrobras.
A MPG vai se instalar em uma área de 33,5 hectares em Suape, garantida pelo convênio assinado com o governo do estado. A previsão é de começar a produzir em três anos, quando devem ser gerados, de acordo com o governo, cerca de 1.200 empregos diretos, e mais 6.000 indiretos com o empreendimento. A intenção do grupo, como afirmou seu diretor Antônio Amaral, é também exportar parte do que será produzido na planta em Suape.
Os dois projetos se somam a três outros estaleiros já previstos para serem implantados no complexo de Suape, além do Atlântico Sul, que deve entregar seu primeiro navio em junho deste ano. Os projetos Construcap, Galvão/Alusa e Tomé/Schahin, capitaneados por empresas brasileiras, também possuem protocolos de intenções para serem assinados com o governo do estado.
Estaleiros com protocolo de intenções assinado com o governo de Pernambuco
Projeto: STX Corporation
Origem: Coreia do Sul
Previsão de investimentos: US$ 350 milhões (aproximadamente R$ 640 milhões)
Geração de empregos: 4.000 diretos e 16.000 indiretos
Área: 100 hectares
Produção: navios-sonda para exploração de petróleo e navios semi-subersíveis
Projeto: Construcap
Origem: Brasil
Previsão de investimentos: R$ 200 milhões
Geração de empregos: 7.000 diretos
Área: 40 hectares
Produção: plataformas para a exploração de petróleo
Projeto: Schahin-Tomé (empresas Grupo Schahin e Tomé Engenharia)
Origem: Brasil
Previsão de investimentos: R$ 300 milhões
Geração de empregos: 1,7 mil empregos diretos
Área: 40 hectares
Produção: navios-plataforma para exploração de petróleo
Projeto: MPG Shipyards
Origem: Portugal
Previsão de investimentos: US$ 140 milhões (aproximadamete R$ 255 milhões)
Geração de empregos: 1.200 diretos e 6.000 indiretos
Área: 33,5 hectares
Produção: módulos offshore, equipamentos para navios e projetos eólicos
Projeto: Galvão/Alusa (empresas Galvão Engenharia e Alusa)
Origem: Brasil (em parceria com as empresas coreanas Sungdong e Komac e a holandesa SBM/GustoMSC)
Previsão de investimentos: US$ 495 milhões (aproximadamente R$ 905 milhões)
Geração de empregos: 2.500 diretos e 6 mil indiretos
Área: 100 hectares
Produção: unidades de perfuração offshore (navios e plataformas semisubmersíveis - drilling units), embarcações de apoio offshore (Supply Boats) e módulos para plataformas de petróleo (topside modules)

Fonte: Diário de Pernambuco

 

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