Petrobras importa 'shale gas' dos EUA

A Petrobras receberá na próxima semana a primeira carga de gás natural liquefeito (GNL) produzida em áreas terrestres não convencionais dos Estados Unidos (EUA), "o shale gas", afirmou na última quinta-feira o gerente executivo de Comercialização de Gás e Energia da estatal, Álvaro Tupiassu. No fim de janeiro, a companhia havia informado que comprou uma carga de 160 mil metros cúbicos de GNL exportada pela americana Cheniere.

"Estamos prestes a receber na próxima semana a primeira carga de produção dos Estados Unidos continental, produzida a partir do 'shale gas'", disse Tupiassu, durante seminário sobre GNL, no Rio.


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Segundo ele, a capacidade de regaseificação GNL do Brasil deve mais que dobrar até 2020, passando de 41 milhões de metros cúbicos diários para 83 milhões de m3 diários. A projeção considera os três terminais de regaseificação existentes da estatal (no Rio de Janeiro, Bahia e Ceará) e futuros projetos de outras companhias.

"O Brasil estaria contando com algo em torno de 80 milhões de metros cúbicos/dia, dos quais a metade relacionada com esses novos projetos, que são voltados à geração termelétrica, mas que terão uma capacidade disponível, em tese, também para expansão de termelétricas ou outros usos", explicou Tupiassu.

O gerente executivo ressaltou que a Petrobras vai diminuir sua participação no mercado de gás natural brasileiro, como resultado do plano de venda de ativos da companhia. "Isso vai ocorrer. Não sei o estágio final do processo."

A estatal também continua trabalhando na viabilidade do acesso de empresas importadoras de GNL aos terminais de regaseificação da companhia. "Em 2013, havíamos tentado colocar no mercado o acesso aos terminais da Petrobras para que agentes importadores pudessem trazer seus volumes e acessar o mercado. Por alguns motivos não conseguimos executar isso, mas já iniciamos as ações necessárias para que isso possa ser viável", disse Tupiassu.

A estratégia da Petrobras está em linha com a proposta da Associação Brasileira de Geradoras Termelétricas (Abraget) de criar um "condomínio" de regaseificação, em que um grupo de empresas teria acesso conjunto a uma parcela dos terminais para importar GNL para seus projetos nos próximos leilões de energia. Segundo o presidente da instituição, Xisto Vieira Filho, a proposta será discutida com a Empresa de Pesquisa Energética (EPE), nas próximas semanas.

Fonte: Valor Econômico\Rodrigo Polito e Paula Selmi | Do Rio e de São Paulo

 






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