Petrobras renova programa bilionário de seguros

A Petrobras vai renovar o seu bilionário programa de seguros, um dos maiores do país, com a seguradora do Itaú por mais um ano e meio. As apólices vigentes da companhia têm valor segurado de US$ 128,8 bilhões e vencem em novembro.

A companhia possui seguros para cobrir riscos operacionais (para proteger as operações industriais, de escritórios, refinarias, etc), riscos de petróleo (atividades de prospecção, exploração e produção), responsabilidade civil geral (para danos causados a terceiros), riscos de transporte (proteção das cargas transportadas), e a responsabilidade civil aeronáutica e o abastecimento de aeronaves (para danos a terceiros durante o abastecimento).

Por essas coberturas a companhia pagou US$ 106,6 milhões em 2012, quando fez a licitação das apólices, com uma cláusula de renovação das coberturas por mais 18 meses caso as condições sejam boas para a companhia. Procurada, a Petrobras informou por meio de nota que a seguradora do Itaú apresentou "condições vantajosas" e a diretoria da empresa aprovou a prorrogação das apólices pelo período de 18 meses. A companhia não deu mais detalhes sobre as condições e preços pagos pelas coberturas.

Normalmente as empresas de petróleo contratam coberturas em dólar porque os seus contratos têm como base a moeda americana, assim como a negociação do preço do barril de petróleo. Dessa forma, elas evitam a oscilação do câmbio, como aconteceria se a indenização fosse paga em outra moeda em um eventual acidente.

A Petrobras iniciou negociações em junho com a Itaú Seguros para atualizar as informações dos riscos e ativos protegidos pelas apólices. "Foram apresentados pela Petrobras os investimentos em segurança de processos e proteção de ativos, assim como os planos de mitigação dos riscos e a melhora geral das condições operacionais da empresa no onshore [operação em terra] e no offshore [operação no mar]", informou a companhia.

O Itaú é o líder do programa de seguros da Petrobras, que também tem participação das seguradoras do Bradesco, da Mapfre e da Allianz. Por ser um risco muito grande, o programa conta ainda com grande suporte de resseguradores internacionais. Por causa disso, o preço é formado de acordo com o praticado no exterior.

As taxas cobradas para a cobertura de operações de petróleo estão, em geral, estáveis no mercado internacional, segundo Paulo Niemeyer, diretor de petróleo e gás da corretora de seguros Aon Brasil.

Segundo ele, o último grande acidente nessa área foi o vazamento de óleo de uma plataforma da British Petroleum (BP) no Golfo do México, em 2010. "O mercado de seguros sofreu impacto direto desse acidente, com o pagamento de altos valores em indenizações. Depois disso, as taxas de seguros tiveram um aumento de 15% a 20%, mas depois se estabilizaram", diz Niemeyer. Em alguns casos, segundo ele, se observa um declínio nos preços.

O segmento de riscos de petróleo faturou no Brasil R$ 472,9 milhões de janeiro a agosto deste ano, segundo dados da Superintendência de Seguros Privados (Susep). O valor é superior ao total arrecadado durante todo o ano passado, de R$ 443 milhões. O Itaú é líder do segmento, com pouco mais de 60% do mercado.

Segundo o diretor da Aon, o mercado deve continuar crescendo a um ritmo de dois dígitos no país com a retomada de licitações de poços pela Agência Nacional do Petróleo (ANP).
Fonte: Valor Econômico/Thais Folego | De São Paulo






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