Petróleo e gás natural saem na frente

Ao completar dez anos, o primeiro dos 16 fundos setoriais do país, o CT-Petro - criado para estimular a inovação no setor de petróleo e gás natural, formar e qualificar recursos humanos, além de desenvolver projetos em parceria entre empresas e instituições de ensino e pesquisa -, pode ser considerado o primeiro passo rumo ao desenvolvimento de políticas públicas com o intuito de fomentar a economia do conhecimento.

Sinal de que a semente vingou, ao menos nessa cadeia produtiva, vem da secretária-técnica do CT-Petro, Simone Paiva. "Os recursos disponíveis cresceram e a demanda ficou pequena, então incluímos os setores de petroquímica e o de bicombustível", diz. Essa não foi a única transformação do fundo, executado pela Financiadora de Estudos e Pesquisas (Finep). Outro avanço apontado por Simone é o incentivo direcionado ao ensino médio para obter, por exemplo, maior número de ingressos nos diversos cursos de engenharia.

"Entramos numa fase de avaliação dos projetos executados para identificar não somente os resultados, mas alternativas aos entraves apresentados pela cadeia produtiva, como déficit de formação de mais engenheiros diante dos avanços do pré-sal", afirma Simone.

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Por isso, a ideia é também contribuir para a capacitação dos professores, ajudando a estabelecer conexões entre os conceitos elaborados nas ciências exatas e as aplicações práticas nos setores em questão. Ainda no âmbito das realizações da Finep, com recursos do CT- Petro, Simone destaca dois mecanismos que têm sido amplamente estimulados. Um é a configuração de redes cooperativas de pesquisa, e o outro é a parceria com empresas interessadas nos resultados dessas pesquisas.

Desde a sua criação, mais de 300 propostas foram apoiadas. Houve, segundo Simone, uma forte alocação de recursos para os temas de exploração e águas profundas. Dentre os projetos relevantes estão o Centro de Tecnologia em Dutos (CTDUT) e o Tanque Oceânico da COPPE/UFRJ (LabOceano). Equipado com sistemas capazes de reproduzir ondas e correntes marinhas, o laboratório experimental é o mais profundo do mundo. "Antes, esse tipo de teste só podia ser feito no exterior", diz Simone Paiva. "Com a quebra do monopólio e a inclusão das maiores empresas de exploração de petróleo disputando o mercado nacional, a estimativa é de que haja um crescente aumento na demanda por testes desse gênero." O CT-Petro diversificou ainda mais os editais para o apoio à pesquisa & desenvolvimento em diversas áreas e também para a capacitação laboratorial das instituições científicas e tecnológicas.

As desigualdades regionais foram levadas em conta. "Do total de recursos, 40% devem ser aplicados nas regiões Norte e Nordeste do Brasil", afirma Simone . (Fonte: Valor Econômico/ Rachel Cardoso, para o Valor, de São Paulo)

 

 



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