Poço da ANP no pré-sal deve custar US$ 150 milhões

Ainda não é possível falar em volumes recuperáveis de petróleo, mas a primeira descoberta de petróleo em uma área da União da camada de pré-sal de Santos animou Magda Chambriard, diretora da Agência Nacional do Petróleo (ANP). Ela explica que foi descoberto petróleo assim que a sonda SS-53 (Paul Wolf), atingiu 20 metros do pré-sal. "As expectativas são boas mas só vamos ter estimativas quando a sonda atravessar o intervalo todo", explicou Magda, dizendo que o objetivo é também atravessar uma área mais profunda, chegando a 6.425 metros.
Como a perfuração resultou em descoberta, serão feitos testes de vazão, o que deve fazer com que o custo final do poço chegue a US$ 150 milhões. Assim, a perfuração, que começou em dezembro, deve levar seis meses, terminando em maio, talvez antes. Tudo pago pela Petrobras, que será remunerada quase a fundo perdido, já que as universidades reclamaram quando souberam que a ANP pretendia usar recursos do orçamento de pesquisa e desenvolvimento.
"Como o momento era crucial e tínhamos uma província a descobrir decidimos que não era hora de discutir. A Petrobras paga e depois se vê como fica", disse a diretora.
As primeiras descobertas da União servirão para capitalizar a Petrobras. Além desse poço, a ANP quer furar mais duas perfurações no platô São Paulo. Trata-se de uma área de 15 mil quilômetros quadrados que se acredita sejam a melhor parte do pré-sal brasileiro, localizada no limite dos Estados do Rio de Janeiro e São Paulo.
É lá que estão os blocos mais bem-sucedidos até agora, onde foram anunciadas as descoberta dos reservatórios Tupi, Iara, Júpiter, Caramba, Parati, Bem-Te-Vi e Carioca. Mas é também onde está BM-S-22, da Exxon, que não encontrou petróleo no segundo poço perfurado no bloco, chamado Guarani.
O primeiro poço da União no pré-sal foi perfurado no norte, a nordeste de Iara (encontrado no mesmo BM-S-11 de Tupi) e os demais serão perfurados no leste e no sul. Dentro de 20 dias, a ANP vai decidir a localização do segundo. Magda Chambriard prefere não falar sobre os efeitos da descoberta sobre a capitalização da Petrobras, que terá início com a cessão onerosa, pela União, de 5 bilhões de barris de petróleo para a companhia, o que depende da aprovação do projeto de Lei 5.941 no Senado.
"Nosso objetivo é testar e entender os reservatórios. Estamos trabalhando para agilizar a exploração do pré-sal com vistas a aumentar o conhecimento de uma área que é dos brasileiros", afirma Magda.(Fonte: Valor Econômico/Cláudia Schüffner, do Rio



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