Teste de esforço

Estudo do Ipea mede fôlego da indústria naval e ‘offshore’ brasileira nos próximos anos. Competitividade será desigual

Um estudo do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) medirá o ‘fôlego’ da indústria naval brasileira para os próximos anos. O coordenador de infraestrutura econômica do Ipea, Carlos Alvares da Silva Campos Neto, aponta que o Brasil não será competitivo na construção de todos os tipos de embarcações. “Provavelmente a indústria naval não será competitiva internacionalmente em todos os segmentos de produtos”, analisa Campos.

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O professor explica que o Brasil não consegue competir na construção de petroleiros em países como China e Coreia do Sul por causa do custo. Campos avalia que os entraves durante os projetos são menores nos países asiáticos na comparação com o Brasil. Ele acredita que a aposta brasileira deve ser em embarcações de apoio marítimo e offshore.

— É um mercado extremamente importante e a indústria brasileira está sabendo ocupar este espaço. As embarcações de apoio foram o caminho por onde começou a retomada de 2001 para cá — observa Campos. Ele ressalta que essas embarcações possuem muita tecnologia embarcada e diz que a política de conteúdo local é importante para essa retomada do setor. “Temos que priorizar a indústria nacional”, enfatiza Campos.

No trabalho, o Ipea analisa três programas da Petrobras em suas diversas etapas: o Programa de Modernização e Expansão da Frota da Transpetro (Promef), o Programa de Renovação e Ampliação da Frota de Embarcações de Apoio Marítimo (Prorefam) e o Petrobras EBN. “Nosso objetivo é promover uma discussão interna no Ipea se o setor tem fôlego para 30 anos ou se terá um fôlego mais curto”, resume Campos, que foi um dos palestrantes na 9ª edição da Navalshore, em agosto, no Rio de Janeiro.

Uma das partes do estudo analisa como o mercado de navipeças está absorvendo sua demanda. O Ipea firmou acordos de cooperação para ter acesso a um catálogo de peças com mais de 700 empresas cadastradas. Com os dados, será possível medir o impacto para o setor de navipeças entre 2000 e 2010, analisando informações como receita, investimentos, contratação de mão de obra, investimentos na indústria naval e participação de empresas estrangeiras. O catálogo reúne informações da Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI), da Organização Nacional da Indústria do Petróleo (Onip) e do Sindicato Nacional da Indústria da Construção e Reparação Naval e Offshore (Sinaval).

O professor conta que a meta é concluir o trabalho até o final de 2012. O estudo possui apoio da ABDI, do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep) e da Associação Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex).



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