É preciso pegar o máximo de corruptores e corruptos possível, pois infelizmente ética também se aprende pela espada da lei. Mas é preciso afastar algumas suspeitas nebulosas da operação Lava Jato. O pecado alheio é sempre mais feio do que o próprio (ou dos amigos). O professor doutor concursado com dedicação exclusiva na universidade mas que mantém consultório ou consultoria privada está indiretamente desviando recursos públicos. Mas a respeitabilidade deste é inquestionável e o deslize, aceito entre seus pares. Os exemplos de cinismo e corporativismo em nossa sociedade são incontáveis. O Ministério Público e a Polícia Federal precisam dar credibilidade às suas ações, afastando a suspeita de que fazem investigações seletivas (assim como os vazamentos), quando se sabe que os achaques são fato antigo e pegam todos os partidos políticos.
Editorial
- Redação
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