Relatório PN

Prá valer

Criada em 2010 pelo fundo de infraestrutura P2Brasil (joint entre a Pátria Investimentos e a Promon Engenharia), a Hidrovias do Brasil começou efetivamente a operar neste mês de fevereiro. O comboio fez um transporte spot de cerca de 30 mil toneladas de soja e milho entre Assunção, no Paraguai, e Nova Palmira, no Uruguai. No ano passado a empresa comprou dois empurradores e 12 barcaças usadas de uma armadora de navegação norte-americana. O foco agora é conquistar novos contratos para a operação na região. A estimativa da empresa é transportar anualmente cerca de 700 mil toneladas de grãos e fertilizantes pela hidrovia Paraná Paraguai.

Também na região Sul a Hidrovias do Brasil tem outro projeto que visa transportar 1,2 milhão de toneladas por ano de celulose pelo rio Uruguai. No próximo mês de julho a Hidrovias inicia operação do maior contrato (em volume contratado) já firmado para transporte na hidrovia Paraná Paraguai. Serão 3,25 milhões de toneladas de minério de ferro por ano partindo de Corumbá (PA) para San Nicolas, na Argentina. O contrato foi assinado com a Vale em julho de 2012 e tem 25 anos de duração. O transporte será feito por comboios formados por oito empurradores construídos em estaleiro na Turquia e 144 barcaças em construção em estaleiros na China e Paraguai. Os três primeiros empurradores e cerca de 30 barcaças estão em fase de testes e chegam ao Brasil até junho. A Hidrovias do Brasil está investindo cerca de US$ 400 milhões no projeto Vale.

Crescimento

A Rolls Royce conseguiu bons resultados em 2013. No ano passado, a carteira de pedidos da multinacional cresceu 19% ante o ano anterior, para 71 bilhões de libras. O faturamento aumentou 27%, somando 15,5 bilhões de libras, e o lucro operacional registrou alta de 1,759 milhão de libras — 23% a mais do que em 2012.

“Houve crescimento relevante em nossos resultados financeiros globais ante o ano anterior e um aumento nos três principais itens de avaliação: receita global, lucro operacional e carteira de pedidos”, diz Rodrigo Barbosa, diretor de Comunicação Corporativa da empresa.

Para 2014, a expectativa da companhia é de uma pausa no crescimento de receita e lucro e um fluxo de caixa similar ao de 2013. No entanto, a empresa acredita que retomará o crescimento já a partir do ano que vem.

Um dos destaques da Rolls Royce foi a conclusão da construção da fábrica de Santa Cruz, na zona oeste do Rio de Janeiro, um investimento de R$ 240 milhões. A unidade é destinada a montagem e testes de turbinas a gás. A empresa também começou a adotar algumas medidas para redução de custos, como consolidar a cadeia de suprimentos e priorizar investimentos em melhorias de desempenho operacional.

ClassNK

Noburo Ueda, diretor executivo e presidente da ClassNK, recebeu o Global Lifetime Achievement Award no Shipping Marine and Ports 2014 Leadership & Excellence Awards, em reconhecimento à contribuição ao desenvolvimento da indústria marítima mundial. A cerimônia é organizada a cada dois anos pela Jasubhai Media em parceria com a SMP World Expo para sinalizar a excelência na indústria marítima em campos como a inovação, segurança e educação. O evento ocorreu em Mumbai e contou com a participação de 160 representantes da indústria marítima mundial.
Noburo Ueda entrou na ClassNK em 1969 e foi eleito presidente em 2008.

Amazônia Azul

A Marinha do Brasil realizou em fevereiro a operação Amazônia Azul. Coordenada pelo Comando de Operações Navais, o objetivo foi intensificar a fiscalização do cumprimento de leis e regulamentos e reprimir atos ilícitos nas águas jurisdicionais brasileiras.

A ação empregou aproximadamente 30 mil militares, 63 navios, 15 aeronaves e mais de 250 embarcações das Capitanias dos Portos, distribuídos por todo o litoral nacional e águas interiores.
Ao longo de seis dias, a Marinha do Brasil intensificou as ações de patrulha e inspeção naval e realizou exercícios de defesa de portos e terminais petrolíferos e aquaviários.

Despedida

Pedro Brito que deixou o cargo de diretor geral da Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq) em 18 de fevereiro, esteve à frente da autarquia por quase três anos. Em seu lugar, assumiu o diretor interino Mário Povia. Fernando Fonseca continua como diretor interino, restando uma terceira vaga de diretor indefinida.
Economista, ex-ministro da Integração e ex-ministro da Secretaria de Portos (SEP), pasta que ajudou a criar, Brito também foi um dos principais colaboradores da formulação do novo marco regulatório do setor portuário. Durante solenidade de transmissão do cargo realizada na sede da agência em Brasília, Brito defendeu avanços na nova estrutura que transformem a Antaq numa agência de respostas rápidas às atribuições que o novo marco regulatório está exigindo.

Em seu 12º ano, a agência tem o desafio de concretizar o novo marco regulatório dos portos, eliminando gargalos, reduzindo custos e aumentando a competitividade no setor. A Antaq terá que licitar mais de 100 arrendamentos nos próximos dois anos, além de fiscalizar os terminais dos 34 portos públicos — função que anteriormente pertencia às autoridades portuárias.


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