Apesar de ser mais barata e segura, cabotagem sofre com burocracia

Fonte: A Tribuna Online
Uma das operações realizadas no Porto de Santos é a de cabotagem. Este é o nome dado para a navegação que acontece na costa marítima, apenas ligando os portos nacionais ou de regiões próximas, como o Mercosul.

Entre as vantagens do serviço de cabotagem estão o menor custo unitário, a diminuição do índice de avarias e sinistros, além da redução de acidentes e congestionamentos nas estradas e menor poluição. Apesar disso, esse tipo de transporte de mercadorias ainda sofre com dificuldades burocráticas e de pouco incentivo fiscal do Governo, que vem discutindo propostas para melhorar este tipo de transporte.

A Secretaria de Portos (SEP) lista 31 barreiras que impedem o desenvolvimento da navegação de cabotagem no Brasil e o atual momento econômico do País dificulta alterações a curto prazo.

Atualmente, os principais operadores de linhas de cabotagem no Brasil são a Log-in, Aliança Navegação (Grupo Hamburg-Süd) e Mercosul Line (Grupo Maersk). As três incluem o Porto de Santos como escala.

A maioria das cargas de cabotagem no Brasil são de granéis líquidos, e granéis sólidos. Porém, com a renovação das frotas das armadoras, a perspectiva é que haja um crescimento para a cabotagem com transporte de contêineres. Um exemplo de investimento é a nova frota da Aliança com quatro embarcações especializadas neste serviço, com capacidade cada para 3.800 TEUs (unidade equivalente a um contêiner de 20 pés) e 500 tomadas para caixas metálicas refrigeradas.

O principal eixo de movimentação por cabotagem no Brasil liga o Norte do País com o Sul e Sudeste. Cargas que são fabricadas em Manaus (AM) como aparelhos de som, DVDs, televisores, máquinas de lavar e secadoras de roupa saem dessa região para outros portos do País.

Já do Porto de Santos são embarcados componentes, embalagens e aço para Manaus, produtos de higiene e limpeza, além de materiais de construção e alimentos congelados em direção à regiões Norte e Nordeste.

Existe também a “cabotagem internacional”, na qual a navegação acontece na costa entre dois ou mais países. No caso do Brasil, essa operação pode passar pela costa brasileira e realizando a viagem até os portos de Buenos Aires, na Argentina, e Montevidéu, no Uruguai.

A denominação deste tipo de operação foi uma homenagem ao navegador veneziano do século XVI Sebastião Caboto, devido as expedições realizadas por ele, onde explorou a costa da América do Norte, da Flórida, nos Estados Unidos à foz do rio São Lourenço, no atual Canadá; e na América do Sul, quando navegou pelo Rio da Prata. Devido a esses feitos a operação é chamada de cabotagem.




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