Aprovado primeiro regulamento para as emissões gasosas da marinha mercante

Os países da Organização Marítima Internacional (OMI) acordaram regular as emissões de gases com efeitos de estufa dos navios. Os activistas alertam que as medidas são pouco ambiciosas uma vez que só serão aplicadas aos navios construídos a partir de 2013.

Na reunião da Organização Marítima Internacional que decorreu em Londres, foi aprovado um regulamento que obrigará a redução do consumo de energia em navios com mais de 400 toneladas construídos a partir de 2013.

A partir deste ano os navios terão de melhorar a sua eficiência energética em 10%. O aumento da eficiência energética será gradual pelo que em 2020, aumentará para 20% e em 2024 para 30%.

“A decisão tomada hoje pode resultar em poupanças de combustível de 5 mil milhões de dólares e redução da emissão de 22 milhões de toneladas de CO2 por ano. É uma oportunidade económica e ambiental sem precedentes e a OMI deu um grande passo em frente”, refere Peter Boyd da Carbon War Room. “Se os mesmos padrões fossem aplicados à frota já existente constituída por mais de 30 mil navios poderia poupar-se 50 mil milhões de dólares em combustível e 220 milhões de toneladas de CO2.”

Alguns países em desenvolvimento como a China, Brasil, Arábia Saudita e África do Sul negociaram um atraso de 6 anos e meio na aplicação do novo regulamento. Na prática, esta medida só entrará em vigor nestas países em 2019.

Os armadores têm tido uma grande resistência ao desenvolvimento de instrumentos de regulação nesta área apesar do aumento da pressão dos grupos ambientalistas. Dado o carácter de excepção dos países em desenvolvimento, há o perigo de alguns armadores optarem por registar os seus navios nestes países.

A marinha mercante contribui para cerca de 3 a 4% do total das emissões de gases com efeito de estufa originários das actividades humanas. As organizações não governamentais de ambiente saudaram esta medida, denominada energy efficiency design index (EEDI). Contudo, alertaram que os seus impactes positivos só serão sentidos após um longo período porque só se aplica a navios novos.

A Comissão Europeia é mais ambiciosa uma vez que tem a intenção de levar o transporte marítimo ao Comércio de Emissões.

Fonte: www.guardian.co.uk/Isabel Palma



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