Capitania dá prazo para armador assumir salvamento do navio turco

A Capitania dos Portos do Rio Grande do Sul emitiu "auto de apreensão" determinando um prazo de 90 dias para que o armador do navio Düden tome providências para assumir o salvamento da embarcação e restituir à União as despesas decorrentes da intervenção da Autoridade Marítima. O Düden, de bandeira da Turquia, pegou fogo em alto-mar no início da madrugada do dia 22 de novembro, quando estava a 260 quilômetros do litoral norte, na altura de Tramandaí. Um tripulante morreu - o oficial de segurança do navio - e 22 sobreviveram.
Os sobreviventes foram resgatados pela fragata Bosisio, da Marinha do Brasil, e trazidos para Rio Grande, onde desembarcaram no dia 24 de novembro. A embarcação turca, que teve a parte habitável consumida pelo fogo, inicialmente ficou à deriva, com acompanhamento de um navio da Marinha. Nos últimos dias, o Rebocador de Alto-mar Tritão tem ficado nas imediações da área em que ele está fundeado (ancorado). Conforme a Capitania dos Portos, o Düden encontra-se ancorado a 115 milhas (212kms) do Rio Grande e a 12 milhas (22kms) da praia, abaixo de Tramandaí.
As causas do incêndio ainda são desconhecidas. No inquérito administrativo que busca apurar o que originou o fogo no navio turco, a Capitania ouviu tripulantes da embarcação e eles não sabem dizer onde começou o incêndio. Perícia realizada por técnicos da Capitania também não encontrou indícios reveladores. Outras perícias deverão ser realizadas na embarcação. A sala de máquinas e os tanques ficaram intactos, não havendo risco ambiental, segundo o Comando do 5º Distrito Naval.
Militares da Marinha do Brasil estão fazendo avaliação técnica para verificar a possibilidade de reboque do navio até o Porto do Rio Grande. Conforme o Departamento de Segurança do Tráfego Aquaviário da Capitania, dependendo da situação do navio, o combustível que está em seus tanques será retirado caso ele seja trazido para o Porto do Rio Grande.
O cadáver do oficial de segurança do Düden, que morreu carbonizado, permanece no posto do Departamento Médico Legal (DML) do Rio Grande. De acordo com o delegado federal João Manoel Vieira Filho, chefe da delegacia de Polícia Federal no Município, é preciso confirmar a identificação do corpo para liberá-lo, o que só pode ser feito por meio de exame de DNA. Para realização do exame, é aguardado material de familiares dele, que virão da Turquia. Após liberação da PF, Anvisa e Receita Federal, o corpo deverá ser embalsamado e trasladado para a Turquia.
Dos 22 sobreviventes, seis ainda estão em Rio Grande, em um hotel, com despesas pagas pelo armador (proprietário do Düden). Os outros já retornaram a seus países de origem.(Fonte: Assessoria do 5ºDN/(Fonte: Jornal Agora/Rio Grande,RS/Carmem Ziebell)

 

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