Cearáportos vai fazer transporte marítimo, diz Cid

O governador do Estado, Cid Gomes, confirmou ontem, em visita às redações do Sistema Verdes Mares, que a Cearáportos, a empresa administradora do Porto do Pecém, deve passar por alterações em seu contrato social, para entrar no ramo de transporte marítimo de veículos entre terminais brasileiros, a chamada cabotagem. Dentro dos planos que objetivam atrair uma montadora de automóveis para o Ceará, ele também reafirmou o interesse na compra de navios capazes de transportar até seis mil carros de uma vez, o chamado "roll on roll off".

"Isso (as mudanças na Cearáportos) é para ver se a gente compensa um pouco a dificuldade que temos de não ser nem o maior polo consumidor nem o maior polo produtor de insumos do ramo", declarou Cid.

As medidas tomadas pelo governador, segundo fontes próximas ao executivo estadual, seguem as exigências da General Motors. A empresa, de acordo com as mesmas fontes, é a montadora a negociar com o governo, como o Diário do Nordeste chegou a publicar com exclusividade no último dia 7 de junho, mas Cid não confirma, alegando a realização de um "pacto de confidencialidade" entre as partes envolvidas na negociação.

Cadeia produtiva

Ele também voltou a falar de outro interesse, o qual seria mais vantajoso economicamente para o Ceará: o da chegada da cadeia produtiva do setor.

"Porque a grande vantagem da indústria automobilística não é nem os empregos que ela por si só gera. O que gera emprego é a atração da indústria de autopeças, que são os componentes que formam o carro", destacou.

De olho neste nicho, o governador ressaltou os esforços para formar um polo metalmecânico voltado à produção de laminados a serem usados pela indústria automotiva no Estado, a partir da instalação da Companhia Siderúrgica do Pecém (CSP) e da laminadora do grupo Hierros Añon, a Siderúrgica Latino Americana (Silat).

Retorno é esperado

Sobre o andamento do processo pelo qual a Cearáportos passará, o diretor de expansão da empresa, Luis Ernane, informou que é aguardado um retorno da montadora de veículos que negocia com o Estado para a definição de quais os equipamentos que deverão ser comprados pelo governo estadual.

De acordo com ele, é necessário saber quando a indústria automobilística deve entrar em atividade e, principalmente, quantos veículos devem ser produzidos anualmente e até onde eles devem ser transportados.

Este requisito é essencial, pois determinará qual o tipo de motor e qual a distância deve ser percorrida pelo navio. "Não dá para estabelecer preço, pois são muitas as variáveis de operação consideradas para a elaboração do projeto executivo e da planilha de custos", detalhou o chefe do executivo estadual.

Já a respeito do projeto que permitirá a Cearáportos realizar cabotagem, Ernani garantiu que o projeto foi finalizado e espera decisão do governador para poder dar continuidade.

Fonte: Diário do Nordeste



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