Com objetivo de expandir os horizontes comerciais das indústrias do Estado, a Federação das Indústrias do Estado do Paraná (Fiep), por meio da sua Diretoria de Desenvolvimento e Negócios, realizou na última terça-feira (27) um evento voltado a empresas interessadas em fornecer produtos e serviços para a Marinha do Brasil.

Cerca de 70 pessoas, entre empresários, executivos e representantes comerciais, assistiram à apresentação do Capitão-de-Fragata Antônio Liberto Cândido Vieira, do Centro de Obtenção da Marinha do Rio de Janeiro (COMRJ), setor responsável pela aquisição de boa parte dos insumos da Marinha, com exceção de equipamentos bélicos. "Esta aproximação com a Fiep é muito boa, até para que possamos conhecer as dificuldades dos fornecedores", disse o palestrante.

De acordo com Vieira, entre as vantagens em fornecer para a Marinha estão a certeza do pagamento, a garantia de vender determinado volume durante um período, a chance de fornecer para diversas regiões do país, e a oportunidade de vender para outros órgãos de governo, uma vez que as exigências em relação às empresas fornecedoras para participar destes processos são as mesmas.

Apenas em 2010 o potencial de compras da COMRJ foi de R$ 31 milhões em gêneros alimentícios, R$ 20,7 milhões em fardamento, R$ 7,3 milhões em materiais de saúde, além de R$ 56 milhões em combustíveis e lubrificantes, entre outros insumos. Segundo o Capitão-de-Fragata, há atualmente uma série de medidas que privilegiam o fornecedor brasileiro, principalmente micro e pequenas empresas. Para participar das licitações via pregão eletrônico, modalidade que corresponde a mais de 90% das compras do órgão, é preciso se cadastrar no Sistema de Cadastramento Unificado de Fornecedores (Sicaf). As licitações da Marinha também são divulgadas em jornais de grande circulação. "Não é uma caixa-preta, é aberto a todos os interessados", afirmou Vieira.

"A ideia da Diretoria de Desenvolvimento e Negócios é dar foco nas compras governamentais. As informações que capacitam os empresários a fornecer para a Marinha servem também para que possam vender para outros órgãos federais", observou o economista Jerri Chequin, da Coordenação de Desenvolvimento da Fiep.

Fonte: O diário.com