Frota renovada na cabotagem

Aliança recebeu o primeiro de uma série de quatro navios. Porta-contêineres tem capacidade nominal de 3,8 mil TEUs

A Aliança Navegação e Logística está renovando sua frota de cabotagem. A companhia substituirá seus navios mais antigos por embarcações com tecnologias modernas de operação. No último mês de janeiro, a empresa recebeu o primeiro de uma série de quatro navios idênticos que serão empregados em seu serviço de cabotagem no Brasil. O porta-contêineres Sebastião Caboto conta com uma capacidade nominal de 3,8 mil TEUs e 500 tomadas para contêineres refrigerados. Segundo a companhia, os outros três navios serão incorporados à frota da empresa no decorrer deste ano.
Com investimentos de mais de R$ 450 milhões, a série de navios será equipada com tecnologia para a segurança da tripulação e da carga, e também para a redução do consumo de combustível. Como resultado, segundo a Aliança, os navios possuem menores índices de emissão de gases de efeito estufa por tonelada transportada, aumentando ainda mais os benefícios ambientais do modal em relação ao transporte rodoviário.
De acordo com o gerente de cabotagem da Aliança Navegação e Logística, Gustavo Costa, um dos avanços tecnológicos das embarcações está relacionado à motorização. “O motor possui sistema de controle eletrônico, o que resulta na otimização da performance e redução do consumo e emissões, principalmente quando em regime de velocidade reduzida na aproximação de portos e navegação em rios”, diz o executivo, destacando que os navios foram especialmente projetados para navegação e operação na costa e portos brasileiros.
Além disso, as embarcações também contam com um sistema de tratamento de água de lastro, que elimina o risco de impacto ambiental que esse tipo de operação pode causar. Outra característica dos navios é a notação “EP” (Environmental Passport), confirmando sua condição especial de atender e controlar os regulamentos e normas internacionais relativos à proteção do meio ambiente. Também possuem a notação “RSD” (Rational Ship Design), indicando que a concepção e desenvolvimento do projeto utilizaram técnicas de otimização estrutural, e a notação de automação plena da praça de máquinas, o que torna a operação mais flexível e segura. Climatização interna otimizada para os trópicos, sistema de navegação eletrônico dispensando cartas de navegação tradicionais, passadiço provido de três radares, além de dois sistemas de ecobatímetros instalados especialmente para a navegação no rio Amazonas também são algumas das características dos porta-contêineres.
Com os novos navios, o serviço de cabotagem da Aliança contará com uma frota composta por oito navios, oferecendo mais de 90 escalas mensais nos principais portos do Brasil e do Mercosul. “A incorporação dos novos navios permitirá que voltemos a ter anéis mais longos com frequência semanal e dia fixo de escala em todos os portos, com maior cobertura de mercado, melhorando o tempo de trânsito com a redução ou eliminação de transbordo de contêineres”, explica Costa. Atualmente, a Aliança disponibiliza três anéis na cabotagem. O Anel 1 com quatro navios atende aos mercados desde o estado de Santa Catarina até o Amazonas. O Anel 2 desde o estado do Rio Grande do Sul até a Bahia, e o Anel 3 da Argentina ao estado do Rio de Janeiro. Todos os serviços possuem frequência semanal e dia fixo de escala em todos os portos.
Os navios porta-contêineres estão sendo construídos em Xangai, na China. Segundo Costa, a companhia tem o objetivo de produzir embarcações no Brasil, mas em função da alta utilização dos estaleiros nacionais pela indústria de petróleo e gás, e para atender à demanda imediata do mercado com a importação foi necessária construção no exterior.
Pioneira no crescimento da cabotagem como uma alternativa viável ao modal rodoviário, a companhia tem registrado um crescimento de 7% ao ano, em média, no volume de cargas. A tendência, destaca Costa, é que este aumento continue. “As perspectivas para a cabotagem são muito boas considerando-se que teremos taxas positivas de crescimento econômico e da demanda por logística nos próximos anos”, afirma. Ele ressalta ainda que, em média, o transporte marítimo é 15% mais barato do que o rodoviário, além de ser mais seguro, causar menor impacto na infraestrutura rodoviária e ser mais amigável com o meio ambiente. Com clientes de todos os portes e atuantes em diversos segmentos do mercado, o de bens de consumo duráveis tem tido destaque cada vez maior.

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