'FT': Maersk alerta sobre desaceleração do mercado global

O Financial Times  publicou ontem, quarta-feira (12/11), uma projeção feita pela maior empresa dinamarquesa, do ramo de transporte de contêineres: "A AP Møller-Maersk diminuiu sua projeção para o crescimento no mercado global no momento em que o dono da maior linha de transporte de contêiners afirmou que uma desaceleração nos mercados emergentes e na Europa está pesando na demanda.

O grupo dinamarquês, visto como um  termômetro para o mercado global já que carrega 15% de todo o frete marítimo, afirmou que a demanda diminuiu no terceiro trimestre comparada com o início do ano e agora espera-se que aumente de 3 a 5% este ano, abaixo de 4 a 5%".

 “Vemos uma desaceleração nos mercados emergentes, em parte devido a uma menor demanda chinesa por matéria-prima. Da Europa, com seu crescimento muito lento, se é que existe algum, no momento, não há razão para esperar uma grande mudança aqui,” disse Nils Andersen,  diretor-executivo da Maersk.

Mas a maior empresa dinamarquesa em vendas afirmou que seus lucros foram melhores do que os esperados no terceiro trimestre e aumentou sua perspectiva de lucro para a Maersk Line, seu braço no setor de transporte de contêiners.

A Maersk contrariou a tendência em uma indústria de transporte de contêiners prejudicada pela sobre-capacidade, perdas e demanda fraca. Graças a uma agressiva política de corte de custos e menor uso de combustível, a Maersk Line é de longe o mais lucrativo grupo de contêiner.

Maersk Line estima que sua margem operacional, situada em 8,2% no segundo trimestre, estava 8,5 pontos percentuais acima da média de seus concorrentes.

Subiu de novo no terceiro trimestre, registrando uma margem operacional de 10,5%, e levando a Maersk Line a impulsionar sua orientação para o ano for lucros líquidos a mais do que US$ 2 bilhões comparados com os US$ 1.5 bilhões anteriores. O lucro líquido no terceiro trimestre subiu em um quarto para US$ 685 milhões.

“Os dias de crescimento rápido no mercado de contêiners acabaram. Devemos ficar felizes como indústria pelo fato de que ainda estamos crescendo. Mas ainda podemos fazer bons negócios,” disse Andersen.

Mas a Maersk é mais do que apenas um grupo de transporte de contêiners. O conglomerado procurou dar ênfase a seus outros negócios nos últimos anos incluindo a exploração e produção de petróleo, terminais portuários e equipamentos de perfuração.

"Isso significa que enquanto a Maersk Line se beneficia de menores custos de combustível, a Maersk Oil sofre com a queda do preço do petróleo. Andersen afirmou que a recente queda custará à empresa US$ 400 milhões numa média anual. Mas ele acrescentou que a queda recente nos preços implicam em um menor preço dos campos de petróleo.

O negócio de perfuração também está enfrentando desafios nos próximos meses já que as empresas petrolíferas reduzem seus planos de exploração. Andersen disse que há um alto risco de supercapacidade e logo, de pressão sobre os preços.

Mas ele disse também que equipamentos antigos devem ser descartados, favorecendo assim a moderna frota da Maersk. “Toda indústria precisa passar por um período de concorrência pesada de vez em quando para garantir que os ativos antigos sejam forçados e que você reavalie as expectativas. Nenhuma árvore cresce até o céu, sabe,” acrescentou ele.

Os lucros líquidos totais da Maersk cresceram 25% a US$ 1,5 bilhão em um montante acumulado de US$ 12,1 bilhões e o grupo dinamarquês manteve sua previsão de lucro para o próximo ano", conclui a matéria do Financial Times.

Fonte: Jornal do Brasil



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