Fusão de chinesas terá pouco impacto no Brasil

O impacto da possível fusão dos armadores China Shipping Container Lines (CSCL) e China Ocean Shipping (Cosco) será grande para os tráfegos Ásia-Europa, mas menor para os que envolvem o Brasil. Hoje, a presença das transportadoras chinesas nas rotas marítimas de longo curso que servem o país é pouco maior que 1% em cada caso.

Se oficializada, a união dos armadores criará a quarta maior transportadora de contêineres do mundo, com 305 navios, entre próprios e alugados, e 8% da capacidade global de transporte de contêineres, segundo a consultoria francesa Alphaliner. A frota da nova empresa ficaria atrás apenas da carteira da Maersk Line, líder no setor, MSC, a segunda colocada; e CMA CGM. Hoje, Cosco e CSCL são a sexta e sétima colocadas no ranking dos maiores grupos de contêineres do mundo, com 166 e 139 embarcações, respectivamente.

No Brasil, contudo, a provável fusão das maiores transportadoras marítimas da China terá impacto "pequeno", estima o diretor de Análises da Datamar Consulting, Leandro Barreto, empresa que compila dados do comércio exterior brasileiro via marítima.

Dos 4,6 milhões de Teus (contêineres padrão de 20 pés) cheios que o Brasil movimentou no comércio exterior em 2014, a Cosco transportou 68 mil (1,5%) e a CSCL, 61 mil (1,3%). Estão no 12º e 14º lugar no ranking nacional de longo curso. O grupo alemão Hamburg Süd lidera os volumes nos tráfegos marítimos internacionais que servem o Brasil, com movimentação de 960 mil Teus no ano passado. É seguido pela MSC, com 879 mil.

Os rumores sobre a possível fusão entre Cosco e CSCL ganharam força nos últimos meses e se intensificaram depois que as empresas suspenderam recentemente as negociações nas bolsas de Xangai, Shenzhen e Hong Kong e fizeram um comunicado conjunto.

O mercado mundial de navegação passa por ajustes nos últimos anos devido à queda dos volumes e expansão abaixo do esperado.

Fonte: Valor Econômico/Fernanda Pires | De Santos



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