Grupo dinamarquês Maersk perde um dos mais célebres acionistas

O armador Maersk Mc-Kinney Moller, um dos mais célebres executivos da indústria mundial do transporte marítimo, morreu ontem aos 98 anos, informou em nota o grupo A.P. Moller Maersk. Ele era filho de Arnold Peter Moller, fundador do grupo, um conglomerado de origem dinamarquesa que reúne, entre outros, a maior transportadora mundial de contêineres (a Maersk Line). A causa da morte não foi divulgada.

Mc-Kinney Moller se tornou co-proprietário da empresa " Firmaet AP Moller " em 1940. Desde a morte de seu pai, em 1965, foi diretor e presidente das empresas mais importantes do grupo. Assumiu a gestão diária até 1993 e tornou-se presidente da holding até 2003.

Com a morte dele, a A.P. Moller Maersk perdeu um homem de negócios de formato internacional e um dos responsáveis pelo grupo estar entre os líderes do mundo empresarial, disse a companhia em nota.

Além de liderar o transporte mundial de contêineres, o grupo reúne divisões como de exploração e produção de petróleo (Maersk Oil) e operação de terminais de contêineres (APM Terminals) - todas presentes no Brasil -, além de atuar no varejo.

O conglomerado encerrou 2011 com receita de US$ 60,2 bilhões, alta de 7% sobre o exercício anterior. O desempenho foi beneficiado principalmente pelo aumento dos preços do petróleo e do volume de contêineres, apesar das quedas nas taxas de frete.

Por essa razão, o lucro caiu 33% em 2011, para US$ 3,4 bilhões. O resultado do período foi afetado, sobretudo, pela queda nos valores de frete nos tráfegos entre a Ásia e Europa, abatidos pela crise mundial.

A Maersk (incluindo dois outros armadores do grupo: Safmarine e Mercosul Line) é a terceira no ranking da indústria de transporte de contêineres nas rotas que servem a Costa Leste da América do Sul, lideradas pelas trocas com o Brasil. A dinamarquesa fica atrás do grupo Hamburg Süd e da MSC, respectivamente primeiro e segundo colocados.

No mundo, a Maersk Line tem 652 navios entre próprios e fretados. E uma frota de 2,5 milhões de Teus (unidade de medida equivalente a um contêiner de 20 pés), também entre próprios e de terceiros, alcançando 16% do mercado mundial. A segunda colocada é a MSC, com fatia de 14%.

Em recente entrevista ao Valor, o diretor-geral da Maersk Line no país, Peter Gyde, afirmou que a empresa está aumentando os fretes entre o Brasil e destinos como Europa, Ásia, Oriente Médio e Estados Unidos em média em 30%. Os aumentos integram a política de recomposição tarifária que busca tornar o negócio rentável, depois das perdas verificadas em 2011.

Na operação portuária, a APM Terminals está presente com instalações em Itajaí (Santa Catarina) e Pecém (Ceará), além de ser sócia na Brasil Terminal Portuário (BTP), em construção no porto de Santos (São Paulo).

Maersk Mc-Kinney Moller era presidente do conselho de administração da AP Moller e Mc-Kinney Moller Chastine Foundation, da AP Moller Relief Foundation, e da Maersk Employee Foundation. Todas as entidades são acionistas do grupo.

Fonte: Valor Econômico/Por Fernanda Pires | Para o Valor, de Santos



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