Maersk Line consolida suas operações nos países da Costa Leste da América do Sul

Com um novo time de executivos, a Maersk Line unifica suas equipes administrativas no Brasil, Argentina, Uruguai e Paraguai em um novo cluster para a região. Com a mudança, clientes contarão com um único ponto focal para obter cotações nos quatro países. Um dos cinco maiores mercados de containers refrigerados do mundo, o Brasil será beneficiado pelo investimento em 30 mil novos equipamentos pela Maersk Line.

As mudanças serão lideradas pelo panamenho Antonio Dominguez, que assume o posto de Diretor Superintendente do novo cluster. “Nosso desafio é cortar custos sem reduzir nossa capacidade e isso só é possível trazendo maior eficiência para os clientes”, afirma. Dominguez foi alçado à nova função depois de um bem-sucedido mandato como Diretor Superintendente para Argentina, Uruguai e Paraguai. Suas funções regionais prévias na América Latina incluíram o cargo de Diretor Comercial para Clientes-Chave e Diretor de Atendimento a Clientes. Dominguez substitui Peter Grangaard Gyde, atualmente o Diretor Executivo Comercial para linha de navegação europeia Seago Line.

Uma das medidas adotadas para lidar com as dificuldades relacionadas ao complexo ambiente econômico é a substituição de um dos serviços da Maersk Line pela compra de espaço em embarcações de outros armadores, o que permitirá que a maior empresa de navegação do mundo mantenha sua capacidade para clientes na região. “A capacidade permanece a mesma, de modo que os clientes continuarão a obter o mesmo serviço ao qual estavam acostumados. Traremos maior eficiência à nossa operação”, diz Dominguez.

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O colombiano Nestor Amador também integra o time de novos executivos, na função de novo Diretor Comercial, em substituição a Mario Veraldo, que é, atualmente, Diretor Superintendente para Maersk Line no México. Para completar a equipe, o brasileiro João Momesso assumiu a função de Diretor de Trade e Marketing, após passagem pela Mercosul Line. “Consolidamos duas equipes administrativas em apenas uma, voltada para a Costa Leste da América do Sul, e criamos uma nova equipe responsável pela manutenção dos containers refrigerados, que irá cuidar e manter os equipamentos”, diz Amador, que foi Gerente Geral na Venezuela e Gerente Geral de Vendas na Colômbia antes de assumir a nova função no Brasil.

Momesso explica que, após a consolidação, clientes estarão aptos a obter cotações para todas as quatro nações por meio de um único ponto focal. “Seremos mais rápidos e responsivos. Ofereceremos cotações para todos os negócios de nossos clientes na região”, comenta.

Resultados Financeiros

A Maersk Line obteve um resultado de US$ 1,3 bilhão em 2015, número 44% menor do que o obtido em 2015 (US$ 2,3 bilhões) devido à fraca demanda global e às baixas tarifas praticadas pelo mercado. A receita foi de US$ 23,7 bilhões, 13% menor do que em 2014 (US$ 27,4 bilhões).

O último ano foi caracterizado pela deterioração das condições de mercado, com declínio no preço do frete e crescimento perto de zero. A média das tarifas cobradas pela Maersk Line caiu 16% na comparação com 2014. No quarto trimestre, o decréscimo foi de 25% se comparado ao mesmo período do ano anterior. As taxas recuaram devido à baixa demanda, excesso de oferta e intensa competição comercial. A redução do frete impactou todos os mercados, com exceção da América do Norte. Na rota Ásia – Europa, as taxas chegaram ao nível mais baixo de todos os tempos.

“2015 foi um ano desafiador. Entregamos um ótimo resultado no primeiro trimestre e ganhos sólidos na primeira metade do ano. Porém, a contínua desaceleração da demanda e a oferta excessiva impactaram na redução das tarifas do segundo trimestre em diante. No final de 2015, as taxas alcançaram os piores índices e nosso quarto trimestre foi negativo. À luz de nossas expectativas no começo do ano, foi um resultado menor do que satisfatório. Mas considerando o cenário global em 2015, ainda é um resultado sólido”, disse o CEO da Maersk Line, Søren Skou.

Objetivos alcançados em 2015

“Mantivemos nosso market share. Melhoramos nossa competitividade por meio da redução do custo unitário. Implementamos com sucesso a 2M, o maior acordo de compartilhamento de navios no mundo. Lançamos uma nova linha de transportes de contêineres, a SeaLand, nas Américas. Aceleramos nossos esforços para a redução de custos e conduzimos as transformações necessárias para preparar nossa empresa para o futuro. Por último, mas não menos importante, encomendamos novas embarcações e contêineres para apoiar nosso plano de crescimento”, complementou Skou.

Em agosto de 2015, a Maersk Line anunciou uma revisão em sua estratégia de crescimento: expandir-se em linha com o setor para defender sua posição de liderança do mercado. Para isso, a Maersk Line encomendou 27 novos navios e 130 mil contêineres. As embarcações serão entregues a partir de 2017.

Demanda por contêineres na América Latina cresceu acima da média global

A América Latina representou cerca de 12% do volume global da Maersk Line em 2015. Apesar do crescimento negativo na Costa Leste da América do Sul, o número de operações demandado na América Latina em 2015 esteve acima da média mundial. Ainda assim, o crescimento foi menor do que nos anos anteriores, devido à desaceleração da economia global.

“O crescimento menor da América Latina resulta de vários fatores, incluindo a depreciação da economia chinesa, menor demanda do mercado mundial, tanto da Europa quanto da China, e a queda de preço das commodities”, destacou o presidente da Maersk Line na América Latina e Caribe, Omar Shamsie.

“Embora a América Latina sofra com o impacto desses fatores macroeconômicos, a região continua promissora, como nos países da Costa Oeste da região, como Colômbia, Equador, Peru e, particularmente, México”, completou Shamsie.

Por outro lado, o crescimento na América do Sul foi menor devido à recessão no Brasil e às restrições monetárias na Argentina e Venezuela, que impactaram as importações. As taxas de frete na rota da Ásia para a Costa Leste da América do Sul declinaram 90% ao longo do ano, afetando diretamente a rentabilidade dessa rota.

2016

A Maersk Line mantém a estimativa de que o mercado de transporte de containers se manterá desaquecido e com taxas sob pressão devido à supercapacidade. A companhia espera que a demanda para o transporte de containers cresça entre 1% e 3% globalmente em 2016.



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