Pescadores são capacitados para trabalhar em barcos oceânicos

A Bahia Pesca, empresa vinculada à Secretaria da Agricultura, Irrigação e Reforma Agrária (Seagri), está capacitando um grupo de 50 pescadores artesanais de cooperativas de Camaçari e Itacaré para a atuar na pesca oceânica. Eles farão parte da tripulação dos quatro barcos para a pesca industrial em alto-mar, que receberão nos próximos meses, por meio de um convênio entre as cooperativas, o Ministério da Pesca, o Banco do Nordeste do Brasil (BNB) e o Governo do Estado. Construídas no Estaleiro Phoenix, no estado de Alagoas, as duas primeiras embarcações chegam ainda este ano.

Após a primeira etapa do curso, na qual assistem a aulas teóricas, os pescadores são divididos em grupos de cinco tripulantes. A bordo do barco-escola da Bahia Pesca, eles passam três dias em alto-mar aprendendo na prática o dia a dia da pesca oceânica. Ao longo do treinamento, as aulas incluem disciplinas como introdução ao ambiente marinho, equipamentos de pesca oceânica, peixes pelágicos e sua distribuição, bem como a confecção de espinhel para pesca oceânica.

"Essa pescaria é rentável, e aqui na costa brasileira é onde o peixe está, então, com essa nova tecnologia, teremos mais sucesso daqui em diante", explica o pescador Júlio César Carvalhal, membro da cooperativa de Arembepe, em Camaçari.

Exportação

O aprendizado do primeiro grupo resultou em cerca de uma tonelada de pescado. Espécies migratórias só encontradas em águas profundas como atum, dourado e peixe-espada, também conhecido como meca em algumas regiões e muito valorizado no mercado de exportação. Até pequenos tubarões foram fisgados com a ajuda das novas técnicas de pesca aprendidas durante a capacitação.

A chegada dos novos barcos construídos especialmente para esta modalidade abre uma nova fronteira para a pesca baiana, explica o gerente de pesca da Bahia Pesca, José Roberto Pantaleão. “Toda a nossa pesca artesanal é feita dentro da plataforma continental, que no caso da Bahia é estreita. Com a pesca oceânica, a idéia é criar condições para que os pescadores baianos possam capturar esse pescado de primeira qualidade”.

De acordo com Pantaleão, a falta de tradição e tecnologia local abre espaço para que embarcações de outros estados e até outros países pesquem em águas próximas ao litoral do estado, uma vez que a partir da distância de 200 milhas da costa, barcos de qualquer nacionalidade podem pescar livremente.

Fonte: O Povo (CE)/com informações do Governo do Estado



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