Preço do GNL ultrapassa o do bunker

Os preços spot de GNL em Roterdã ultrapassaram o custo do óleo combustível com baixo teor de enxofre (LSFO), de acordo com dados da Ship & Bunker.

Um aumento substancial nos preços do GNL nos últimos meses, que alguns analistas consideram temporário, pode ser motivo de preocupação para os transportadores marítimos que já operam, ou encomendaram, navios porta-contêineres movidos a GNL.

A publicação de combustível marítimo registrou óleo combustível de muito baixo teor de enxofre em Rotterdam (VLSFO) a US$ 518 por tonelada nesta segunda-feira (6), em comparação com o equivalente de GNL à vista em US$ 846 por tonelada.

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O GNL tem um valor calorífico menor do que o óleo combustível e, portanto, os preços não são baseados na massa, mas na quantidade de gás necessária para fornecer a mesma quantidade de energia, e então convertidos para comparação com os preços do petróleo.

O custo do gás natural subiu nas últimas semanas, devido ao fornecimento restrito na Ásia, com os preços para Rotterdam oscilando.

Apesar de os gestores de compras de combustível de navios provavelmente não serem expostos ao aumento dos preços do GNL devido aos seus contratos futuros, a volatilidade dos preços do gás é preocupante para o setor de transporte marítimo.

Enquanto isso, na Ásia, um relatório da Reuters no fim de semana informa que os preços do GNL “estão atualmente nos seus mais altos desde janeiro, e também nos mais altos nesta época do ano, pelo menos desde 2010”.

Em julho, a UE decidiu incluir o transporte marítimo na legislação de preços de carbono do Sistema de Comércio de Emissões (ETS), que poderia eventualmente adicionar até US$ 200 por tonelada ao custo do óleo combustível pesado (HFO).

Mais recentemente, a International Chamber of Shipping (ICS) apresentou uma proposta, com a Intercargo, para um mecanismo de preços global que diz não distorcer o mercado da forma como as propostas da UE farão.

A proposta do ICS é para um imposto sobre o carbono, cujo montante não foi especificado, a ser anexado às emissões e coletado pela Organização Marítima Internacional (IMO). Não está claro se isso incluiria as emissões de metano, uma das principais emissões de gases de efeito estufa do GNL.

Em seu Sexto Relatório de Avaliação, publicado no mês passado, o Painel Internacional sobre Mudanças Climáticas alertou os governos que a emissão generalizada de metano representava uma séria ameaça aos esforços mundiais para mitigar os efeitos da mudança climática.

O GNL como opção para os transportadores marítimos ganhou força, sendo o gás considerado em muitos círculos um “combustível de transição” para a descarbonização do transporte marítimo.

De acordo com os últimos dados, há cerca de 50 navios porta-contêineres em construção movidos a GNL, incluindo 34 encomendados este ano.



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