Serviço da Barcas S/A requer melhoria urgente

No dia 22 de maio de 1959, o serviço de barcas, explorado por um grupo privado, chegou ao auge da má qualidade. Nesse dia, sem ter como se movimentar entre Rio e Niterói – não havia ponte – o povo se rebelou, sem qualquer liderança, de forma natural e violenta. Naquele tempo, não existia comunicação por internet e sequer celular. Tudo ocorreu de forma espontânea. Houve seis mortes, 116 feridos, depredação de diversos imóveis, inclusive da família Carreteiro, concessionária do serviço. A partir daí, houve estatização; décadas depois, privatização de baixo nível, com a empresa 1001. O tempo passou e o serviço continua ruim.

Agora, a concessionária é a gigante CCR, que, aparentemente, não aportou melhor qualidade. Nos últimos dias, tem havido queixas constantes e crescentes dos usuários. Ante a omissão da agência estadual que controla a atividade, o próprio Tribunal de Contas do Estado (TCE), que não chega a ser modelo de entidade pública, criticou a inoperância da Agetrans e exigiu maior atenção. A CCR é uma empresa milionária, que controla diversas rodovias pelo país, entre as quais a Dutra e parte da Castelo Branco. No Rio, erradamente, controla terra e mar, pois é concessionária tanto da Barcas S/A como da ponte.

Não se deve brincar com a ira popular. O serviço das barcas precisaria melhorar de forma imediata, já que é impossível fazê-lo de modo retroativo. Se, em outros casos – como o de ônibus – o serviço é prestado de forma difusa, por toda uma região, no caso da Barcas S/A a atividade é concentrada nos poucos terminais existentes. Em vez de se aprimorar a segurança nesses locais, o que se sugere é melhoria urgente do sistema; isso, no entanto, só pode ocorrer a médio prazo, pois não há barcas prontas disponíveis. Governo e CCR deveriam apresentar um plano de melhorias, estabelecendo prazos rígidos para entrada em vigor de novas e melhores barcas.

Fonte: Monitor Mercantil

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