Sobreviventes do navio que naufragou na Itália já estão de volta ao Brasil

Um grupo de turistas brasileiros que sobreviveu ao naufrágio de um navio na Itália chegou ao País ontem. Os sobreviventes, que moram em Porto Alegre, desembarcaram pela manhã no Aeroporto Internacional Salgado Filho, onde foram recebidos com muita festa pelos familiares. Ao todo, havia 11 gaúchos a bordo do cruzeiro Costa Concordia, que naufragou na sexta-feira à noite.

O Itamaraty informou que o número de brasileiros que estavam a bordo somava 47 passageiros e seis tripulantes. Segundo o consulado-geral do País na Itália, todos foram resgatados. Pelo menos cinco pessoas morreram no desastre e 15 estão desaparecidas.

Três passageiros foram resgatados. Ontem, os bombeiros retiraram do navio um membro da tripulação que estava com a perna fraturada. O porta-voz Luca Cari informou que se tratava de um italiano que trabalhava no serviço de cabine. No sábado, um casal sul-coreano que estava em lua de mel também foi resgatado, após os bombeiros terem escutado seus gritos na parte emersa da embarcação.

As operações continuam no interior do Costa Concordia, que encalhou no litoral da Toscana. Até a manhã de ontem, havia a confirmação de três mortes, mas a Guarda Costeira informou mais tarde que mergulhadores encontraram os corpos de dois idosos em um restaurante submerso.

O Costa Concordia bateu em uma rocha nas proximidades da ilha de Giglio. Em seguida, a embarcação encalhou, o que provocou o seu tombamento. Mais de 4,2 mil pessoas viajavam no navio, que levava 3.209 passageiros de 62 países.

Jorge Iñiguez e Olga Velarde, os dois únicos mexicanos a bordo, afirmaram que “nunca se soube nem se viu o comandante” Francesco Schettino, que “não falou com os passageiros”. Schettino foi detido para interrogatório no sábado e depois encaminhado para a prisão de Grosseto, onde aguarda audiência. Ele é acusado de homicídio culposo, naufrágio e abandono da embarcação. Os mexicanos afirmaram que esperaram pelo menos duas horas em uma fila de 150 pessoas para subir em um bote salva-vidas. “Havia um cozinheiro filipino que não deixava ninguém subir e ameaçava bater nos passageiros que tentavam”, disseram.

Segundo o jornal italiano La Republica, a Guarda Costeira pediu diversas vezes que Schettino retornasse ao navio para coordenar os procedimentos de evacuação. Ainda segundo o jornal, o comandante teria prometido subir a bordo, mas não retornou ao navio.

O ministro italiano da Defesa, Giampaolo Di Paola, declarou que o naufrágio foi “um enorme erro humano que teve consequências dramáticas”. “Navios daquela dimensão não podem passar perto de uma costa que se sabe ser rasa”, afirmou, acrescentando que espera que o número de mortes não aumente. “Estão em curso inspeções na parte emersa, pode haver outros passageiros presos.”

Fonte: Jornal do Commercio (RS)



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