Técnicos afirmam que óleo de navio não chegou à costa

Avaliação contradiz versão da Secretaria do Ambiente do Rio; há divergência sobre volume de vazamento

Marinha vai recolher amostras de óleo de navio para comparar com a substância encontrada em praias

A Marinha vai recolher hoje amostras de óleo do navio-plataforma Cidade de São Paulo, operado pela empresa Modec. A intenção é comparar com a substância recolhida nas águas de Ilha Grande e nas praias próximas, em Angra dos Reis (RJ).

Técnicos que estiveram na região praticamente descartaram a possibilidade de que o material escuro e viscoso encontrado ali seja oriundo da embarcação de onde vazaram litros de óleo combustível na sexta-feira.

Segundo avaliação preliminar, são borras de piche, mais sólidas. O óleo vazado do navio não tomaria essa forma em tão pouco tempo, afirmaram os especialistas.

A avaliação contradiz a versão do secretário do Ambiente do Estado, Carlos Minc, que anunciou anteontem que o óleo vazado do navio havia atingido a costa.

A Folha esteve nas praias Grande e do Bonfim e não constatou qualquer indício de presença de óleo.

O comandante da Capitania dos Portos, Walter Bombarda, disse que houve uma mudança de ventos, o que fez com que a mancha de óleo se afastasse da costa. Segundo a Marinha, o derramamento chegou a 4.400 litros.

Análises da Modec apontam que o mar de Ilha Grande foi poluído com cerca de mil litros. Responsável pelas operações da empresa na bacia de Santos, André Cordeiro minimizou o vazamento.

"Nada deve vazar para o mar. Mas imagine uma caixa d'água de mil litros caindo no oceano. É um acidente de pequena proporção", afirmou.

Multada em R$ 10 milhões, a empresa disse que se defenderá quando for notificada.

O navio-plataforma Cidade de São Paulo veio da China e entrou no Brasil no dia 9 passado. Seguia para o estaleiro Brasfels, em Angra, para receber equipamentos para operar para a Petrobras a partir do fim de 2012, no pré-sal da bacia de Santos.

Em Salvador, o presidente da Petrobras, José Sergio Gabrielli, disse que a indústria petrolífera é capaz de controlar vazamentos. "Nos dois casos, tanto o da Chevron como o da Modec, há uma certa capacidade da indústria de resolver", disse Gabrielli.

Fonte: Folha de São Paulo/CIRILO JUNIOR DO RIO/ITALO NOGUEIRA ENVIADO ESPECIAL A ANGRA DOS REIS/Colaborou GRACILIANO ROCHA, de Salvador



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