Troca de cartas não impediu abertura de ação na Justiça

A decisão de Hugo Figueiredo de exercer uma opção de venda de ações da Norsul motivou trocas de cartas entre ele e seu sócio na empresa, o empresário Erling Lorentzen. O Valor teve acesso às cartas, as quais fazem parte da ação movida por Figueiredo contra os Lorentzen na Justiça do Rio. A primeira correspondência foi enviada por Figueiredo a Lorentzen e seu filho Haakon em agosto de 2010.

No texto, Figueiredo comunica aos controladores da Norsul o desejo de alienar parte de sua participação acionária na companhia. Os meses se passaram e os sócios não chegaram a um acordo nas negociações para as quais nomearam terceiros. O presidente da Norsul, Carlos Temke, foi o indicado pelos Lorentzen e o advogado Ronaldo Veirano entrou na discussão como representante de Figueiredo.

Em 10 de novembro, Figueiredo endereçou nova correspondência aos Lorentzen na qual pediu esclarecimentos e confirmações: "(...)de maneira objetiva e bastante direta, baseados nos princípios éticos e morais que sempre nortearam as nossas relações no passado, pediria que esclarecessem as questões postas abaixo e que ao meu ver prejudicam a devida implementação das obrigações assumidas naquele documento...", escreveu Figueiredo referindo-se a carta-compromisso assinada entre os sócios em 1995.

Na carta, Figueiredo pergunta aos Lorentzen: "É, de fato, a posição de vocês, incluindo a Lorentzen Empreendimentos S.A., que aquela carta-compromisso se referia a apenas 7% das ações por mim detidas na Norsul, ao invés de ações correspondentes a 7% do capital social da mesma?" E continua: "E se assim for, qual o tratamento que entendem deveria ser atribuído àquele compromisso semelhante firmado também entre nós na mesma época e que cobre os demais 18% que, grosso modo, compõem a minha participação no capital da Norsul?" O carta também fala da necessidade de ser chegar a um acordo sobre a avaliação econômica da empresa.

Na resposta, em 17 de novembro, Erling Lorentzen disse estar informado sobre as conversações e afirmou que o vice-presidente do grupo, Carlos Temke, fora nomeado para conduzir as discussões. Em outra carta, em 9 de dezembro, Figueiredo mostra insatisfação com a resposta: "(...) sua resposta foi vazia e evasiva, lamentavelmente, devendo tais esclarecimentos serem feitos formal e pessoalmente por você, na qualidade de presidente da Lorentzen Empreendimentos à época, além de signatário individual com quem negociei e assinei aquela mesma carta-compromisso..." (FG)

Fonte: Valor



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