Vazante dos rios está entre as três maiores dos últimos 15 anos no oeste do Pará, diz 4ª Redec

A vazante acentuada dos rios no verão de 2017 tem sido motivo de preocupação para os órgãos de Defesa Civil. O baixo volume de água dos rios Tapajós e Amazonas em Santarém e outros municípios do oeste do Pará, tem causado sérios transtornos às comunidades ribeirinhas. E segundo 4ª Regional de Defesa Civil (4ª Redec) a estiagem desse ano está entre as três mais rigorosas dos últimos 15 anos.

Segundo o sargento do Corpo de Bombeiros, Riler Lopes, que integra a 4ª Redec, o quadro pode se agravar no decorrer dos próximos dias, podendo chegar a ser a vazante mais rigorosa da última década. “Em um período de 15 anos estamos na terceira maior estiagem da região, ficando atrás dos anos de 2005 e 2010. Os rios já estão estabilizando, e a expectativa é que até final de novembro já tenha o processo de subida das águas. Porém, não pode ser descartada a hipótese de mais descidas, pois ainda estamos no verão”, disse.


PUBLICIDADE



O registro da régua de medição instalada no porto da Companhia Docas do Pará (CDP) em Santarém marcou 1,50m na manhã desta terça-feira (31). No mesmo dia, em 2016, a régua da Agência Nacional das Águas (ANA) sinalizou 1,76m.

Segundo a Capitania Fluvial de Santarém, o ponto mais baixo atingido pelo Rio Tapajós dentro do período de verão, em 2017, foi de 1,48m percebido na segunda-feira (30).

As consequências

A maior demanda dos bombeiros nesse período de verão tem sido em relação as queimadas. Com o clima de seca, os focos de incêndio aumentaram. Já para Defesa Civil a problemática é outra: a escassez de água potável e de alimentação, consequências do ciclo que atinge dezenas de comunidades ribeirinhas, como a última visitada pelo órgão na região Aritapera.

A coordenadora municipal de Defesa Civil, Laura Costa, lembra que o verão iniciou em meados de agosto, mas as demandas em relação a crítica situação de algumas comunidades aumentaram somente nos últimos dias. “Na semana passada, foram provocadas reuniões por líderes comunitários de lugares que têm sofrido com a estiagem. Anotamos e queremos devolver, mesmo que parcialmente a situação. A urgência agora é de água potável”, disse.

Outro problema enfrentado pelas comunidades é em relação a distância percorrida pelos moradores devido os canais terem secado, prejudicando a navegação mesmo em bajaras (canoas motorizadas). Nessa época, eles tem que caminhar por 4,5 km para chegar à embarcação. “A vazante é um processo natural, mas que atinge até a educação. Muitas escolas são distantes, e a ausência dos alunos tem sido constante devido as dificuldades de transporte nesse período de seca”, informou.

As providências

Após a reunião com os líderes de cinco comunidades, estão sendo providenciadas pela Defesa Civil e Secretaria Municipal de Educação, caixas d’agua e mangueiras que serão instaladas nas próximas semanas para a captar água de reservatórios naturais próximos.

A Defesa Civil Municipal registrou consumo de águas não adequadas pelos comunitários, e por isso está sendo tratada com urgência a questão da água para o consumo. Dentro do plano emergencial também está contemplada a distribuição de água potável para as comunidades.

Fonte: G1






Chibatão

   ICN    Zmax Group    Antaq
       

NN Logística

 

 

 

  Sinaval   Syndarma