Cenário do setor de O&G traz novos desafios para apoio offshore

Empresas de apoio offshore se preparam para enfrentar um novo mar de incertezas para a atividade gerado com a queda no preço do barril e a recessão global gerada com o agravamento da pandemia da Covid-19 no mundo. Apesar da ociosidade de algumas embarcações nos últimos meses, o uso da frota é estável e as empresas já vislumbravam novos contratos, tanto com a Petrobras, quanto por outras petroleiras que passaram a demandar mais a partir dos últimos leilões e das mudanças no marco regulatório da atividade de exploração e produção. No entanto, a conjuntura atual, têm feito com que as petroleiras reavaliem suas estratégias.

A Petrobras e outras operadoras já sinalizaram algumas reduções operacionais. Na semana passada, a Petrobras anunciou uma nova restrição na produção, que totaliza 200 mil barris diários, além de cortes adicionais em gastos com pessoal e iniciativas de economia na Transpetro. A companhia ressaltou que as novas ações de resiliência são necessárias para assegurar a sustentabilidade da empresa durante esta que se configura a 'pior crise da indústria do petróleo nos últimos 100 anos'.

"O cenário atual é marcado por uma combinação inédita de queda abrupta do preço do petróleo, excedente de oferta no mercado e uma forte contração da demanda global por petróleo e combustíveis. Estas novas medidas envolvem redução da produção de petróleo, postergação de desembolso de caixa e redução de custos", salientou a companhia. A Petrobras informou que levará em consideração condições mercadológicas e operacionais para a definição dos campos que terão sua produção diminuída. A duração da restrição será avaliada continuamente, assim como potenciais aumentos ou diminuições.

A leitura de empresas do apoio offshore ouvidas pela Portos e Navios é que o segmento pode vir a sofrer com mudanças bruscas num momento em que se começava a enxergar um cenário menos turbulento. Para essas empresas, não havia previsões que apontassem para uma redução tão drástica nas cotações do barril de petróleo. Sem falar nos efeitos das ações adotadas em todo o mundo contra o novo coronavírus. Elas lembram que, desde 2015, houve um esforço para manter os níveis operacionais e de segurança, mesmo com a queda nas taxas diárias. Quando o barril se estabilizou na faixa de US$ 60, as empresas conseguiram performar melhor. Hoje, porém, se trabalha com o barril cotado na faixa de US$ 30.

Com a resiliência adotada pela Petrobras, existe o receio de que haja impacto na frota de apoio offshore mais cedo ou mais tarde. As empresas estão atentas a eventuais reduções de frotas. Elas ponderam que a frota continuará sendo demandada pelas atividades das unidades offshore e por serviços de prevenção e controle de eventuais vazamentos de óleo. Novas FPSOs vêm entrando em operação nos últimos anos ou estão previstas para os próximos. Atualmente, a produção de petróleo e gás representa aproximadamente 13% do PIB brasileiro.

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