Petrobras amplia testes em embarque para as plataformas

A Petrobras intensificou a realização de testes rápidos de infecção para trabalhadores que vão embarcar em unidades de exploração e produção em alto-mar. De acordo com a companhia, a triagem começou na última semana no aeroporto de Jacarepaguá (RJ) e foi expandida para os aeroportos de Vitória (ES), Macaé (RJ), Farol de São Tomé (RJ) e Cabo Frio (RJ). A companhia ainda pretende adotar a medida para os voos para a província petrolífera de Urucu (AM).

Segundo a estatal, os exames rápidos permitem identificar pessoas que possam estar com infecção ativa há alguns dias, porém sem manifestação de sintomas, assim como aquelas que tenham tido uma infecção assintomática no passado. Desde o início do mês, a estatal também utiliza outro tipo de teste nos funcionários que apresentam os sintomas da covid-19.

A realização dos testes é considerada crucial pelo Instituto Brasileiro do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (IBP) para mitigar os riscos de infecção e contágio nas plataformas petrolíferas e, ao mesmo tempo, assegurar a exploração e produção de óleo e gás no país. “Desde o primeiro momento, para as operadoras e o IBP, estava muito claro que a principal recomendação da OMS [Organização Mundial de Saúde] era ampliar a capacidade de teste da população, notadamente daqueles envolvidos na prestação de serviços essenciais”, disse a presidente da entidade, Clarissa Lins, em recente entrevista ao Valor.

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Segundo dados mais atuais da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), relativos ao último domingo, há 555 casos confirmados de covid-19 em empresas que executam atividades de E&P no Brasil. Desses, 230 profissionais acessaram instalações marítimas. Ainda segundo a autarquia, existem 1.311 casos suspeitos nessas empresas. E não há registro de mortes por covid-19 entre profissionais da área de E&P.

Os primeiros casos de infecção em embarcações foram em um navio-plataforma (FPSO) da SBM Offshore e em outro da Modec, ambos afretados pela Petrobras. Nos dois casos, as prestadoras de serviço estão assegurando o tratamento médico aos infectados e seguindo os protocolos recomendados pelas autoridades sanitárias.

Segundo a Federação Única dos Petroleiros (FUP), porém, há indícios de casos em mais sete plataformas: P-50, P-26, P-18, P-35, P-20, P-33 e P-62. O Sindicato dos Petroleiros do Litoral Paulista (Sindipetro-LP), ligado à Federação Nacional dos Petroleiros (FNP) havia registrado casos suspeitos nas plataformas de Mexilhão e na P-69.

Procurada pelo Valor, a Petrobras disse não divulgar informações sobre os casos, para preservar a privacidade e o sigilo médico dos infectados. A empresa, porém, relatou que, até a última sexta-feira, contabilizava 184 casos confirmados em toda a sua força de trabalho, de 46,4 mil funcionários.

A norueguesa Equinor também contou ao Valor ter confirmado 44 casos de covid-19 na Unidade de Manutenção e Segurança (UMS) Olympia, ligada ao campo de Peregrino, na Bacia de Campos. “Todos os casos confirmados desembarcaram”, informou a Equinor. “Não há casos nas outras instalações de Peregrino”.

A petroleira acrescentou que tem adotado um conjunto de medidas preventivas para evitar a contaminação no mar. Na mesma linha, a francesa Total informou estar priorizando a saúde e a segurança de seus funcionários próprios e terceirizados e que as operações offshore da empresa “seguem em andamento, em conformidade com as recomendações das autoridades locais”.

A anglo-holandesa Shell informou não ter casos confirmados em suas instalações de E&P no Brasil. Segundo a empresa, as duas plataformas que ela opera na Bacia de Campos estão funcionando normalmente, “com medidas sanitárias adicionais para garantir a segurança de seus tripulantes”.

Fonte: Valor



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