Petrobras assina contrato para o desenvolvimento e implantação do inovador projeto Hisep no campo de Mero

Tecnologia para separação do gás rico em CO2 foi patenteada pela Petrobras e desenvolvida pelo Cenpes em parceria com o Consórcio de Libra

A Petrobras assinou, na terça-feira (2), contrato com a empresa FMC Technologies do Brasil, subsidiária da TechnipFMC, que venceu a licitação do contrato integrado de Engenharia, Aquisição, Construção e Instalação (iEPCI), bem como a realização de testes, para desenvolvimento da tecnologia Hisep, patenteada pela Petrobras para a separação de óleo e gás no fundo do oceano e a reinjeção do gás rico em CO2 no reservatório. O projeto Mero 3, localizado no pré-sal brasileiro, será pioneiro no uso dessa tecnologia.

A tecnologia Hisep foi desenvolvida no Cenpes, Centro de Pesquisas da Petrobras, para agregar valor aos campos com alta Razão Gás-Óleo (RGO) e teor de CO2. Ela permite a separação do gás associado produzido, rico em CO2 no fundo do mar, transferindo parte do processo de separação da planta de processamento do FPSO (Floating Production Storage and Offloading - unidade flutuante que produz, armazena e transfere petróleo) para o solo marinho. O Hisep tem o potencial de aumentar a produção, desafogando a planta de processamento de gás de superfície, ao mesmo tempo em que reduz a intensidade de emissões de gases de efeito estufa. Essa inovação faz parte do portfólio de PD&I da Petrobras e dos parceiros da empresa no Consórcio Libra.

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A unidade piloto de separação submarina Hisep será interligada ao FPSO "Marechal Duque de Caxias", pertencente ao projeto Mero 3, na área do pré-sal da Bacia de Santos. Os testes visam o atingimento da maturidade tecnológica e comercial da tecnologia Hisep.

O contrato celebrado com a TechnipFMC abrange diversas etapas e aspectos do projeto, incluindo engenharia, fabricação, instalação e manutenção de equipamentos submarinos. Esses equipamentos englobam manifolds, tubos flexíveis e rígidos, umbilicais e sistemas de distribuição de energia. Além disso, o contrato também prevê serviços de manutenção e intervenção após a validação da tecnologia.

Para o diretor de Engenharia, Tecnologia e Inovação da Petrobras, Carlos Travassos, esse contrato é de extrema importância para a companhia, especialmente por utilizar uma tecnologia patenteada pela Petrobras. “A tecnologia desenvolvida no nosso Centro de Pesquisas será aplicada pela primeira vez no pré-sal, em Mero 3. Temos confiança de que será mais um avanço pioneiro da companhia na indústria de óleo e gás. Além disso, o Hisep será mais uma ferramenta no processo de paulatina descarbonização das operações, na trajetória da transição energética justa da Petrobras”, afirma Travassos.

Sobre o FPSO 'Marechal Duque de Caxias'

O FPSO de Mero 3 será a quarta unidade a ser instalada no campo de Mero e terá capacidade de processamento de 180 mil barris de óleo e 12 milhões de m3 de gás por dia. Os contratos de afretamento e de serviços terão duração de 22 anos e meio, contados a partir da aceitação final da unidade, prevista para o segundo semestre de 2024.

O projeto prevê a interligação de 15 poços ao FPSO, sendo oito produtores de óleo e sete injetores de água e gás, através de uma infraestrutura submarina composta por dutos rígidos de produção e injeção, dutos flexíveis de serviços e umbilicais de controle.

Sobre o Campo de Mero

O campo unitizado de Mero é o terceiro maior do pré-sal e está localizado no Bloco de Libra, pertencente ao Consórcio de Libra, operado pela Petrobras (38,6%) em parceria com a Shell Brasil Petróleo Ltda. (19,3%), TotalEnergies EP Brasil Ltda. (19,3%), CNODC Brasil Petróleo e Gás Ltda. (9,65%), CNOOC Petroleum Brasil Ltda. (9,65%) e Pré-Sal Petróleo S.A. – PPSA (3,5%) que exerce papel de gestora do Contrato de Partilha de Produção e representante da União na área não contratada.



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