Petrobras mantém plano de vender Braskem na bolsa

O presidente da Petrobras, Roberto Castello Branco, disse ontem que o momento do mercado pede paciência, mas que a empresa mantém o interesse de vender sua participação na Braskem na bolsa e monitora oportunidades para uma nova oferta de ações da BR Distribuidora. Fora do mercado de capitais, segundo o executivo, a meta continua sendo avançar com as negociações das refinarias e assinar os contratos para a venda dos ativos ainda neste ano.

Castello Branco destacou que “vários obstáculos já foram vencidos” para que a Braskem seja vendida, como o acordo firmado pela empresa petroquímica para pagamento de indenizações e realocação de pessoas que moram em bairros de Maceió (AL) que apresentam rachaduras e afundamentos desde o ano passado, no entorno de poços de extração de sal-gema de propriedade da companhia. Além disso, o executivo cita a concordância da Odebrecht, sua sócia, em transformar a Braskem numa corporation.

A ideia da Petrobras e da Odebrecht é listar a Braskem no Novo Mercado da B3, na tentativa de valorizar a petroquímica para uma futura venda de lotes de ações da companhia. “Mas temos que ser pacientes”, disse Castello Branco, em referência à alta volatilidade da bolsa e do momento ruim da economia global.

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“Vejo que temos uma boa oportunidade. Na medida que a economia mundial se recupere e a volatilidade baixe, teremos condição de uma saída via mercado de capitais. Acredito que mercado de capitais é sempre a melhor solução”, completou o executivo, durante participação em evento on-line.

Sobre o interesse numa nova oferta das ações da BR, onde a Petrobras ainda detém 37,5%, o executivo disse que essa “é uma possibilidade, mas que tem que esperar um pouco”.

Castello Branco afirmou ainda que a companhia mantém a previsão de assinar os contratos de venda de suas refinarias até o fim do ano e concluir os negócios em 2021. “Isso continua de pé. Não recebemos sinal negativo de desistência de quem quer que seja [pelas refinarias]”, afirmou.

Ele comentou que é natural que, em meio à crise, o plano de desinvestimentos da companhia sofra atrasos, mas que o interesse pelos ativos da empresa permanece.

“Temos visto a demonstração de renovação de interesse por parte de compradores. Dificilmente fecharemos alguma transação nos próximos dois meses, mas temos a esperança de que, até o fim do ano, alguns ativos que já receberam propostas serão vendidos”, afirmou.

Questionado se cogita vender ativos do pré-sal, diante da necessidade de fazer caixa, Castello Branco respondeu que a empresa não tem “nenhuma intenção” de vender esse tipo de ativo.

O presidente da Petrobras comentou ainda sobre a recente queda dos preços dos combustíveis e disse que a companhia não terá “nenhuma resistência” em aumentar os preços, se necessário, nas próximas semanas.

“Estamos prontos [para reajustar]. Se acharmos necessário, vamos fazer”, afirmou ele, citando que, em meio à desvalorização do petróleo, no mercado internacional, a empresa já reduziu este ano os preços da gasolina, nas refinarias, em 52%. No caso do diesel, a queda acumulada é de 48%. “Mostramos que a regra [da paridade internacional dos preços] vale para baixo também”, disse.

Fonte: Valor



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