Antaq diz que trapiche de Canasvieiras, em Florianópolis, não atende exigências para receber navios de cruzeiro

Um relatório da Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq) diz que o trapiche de Canasvieiras, em Florianópolis, não atende as exigências para receber navios de cruzeiro. A capital voltou a receber esse tipo de embarcação no último dia 24 de março, em escala teste de um navio com mais de 4 mil passageiros.

Das mais de 40 exigências da Antac, em pelo menos 17 a experiência foi considerada negativa. Faltaram banheiros para os turistas e local para atendimento aos passageiros em terra. Além disso, faltou sinalização sobre atendimento médico e postos policiais. Outro ponto observado foi a falta de acessibilidade.


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“Uma coisa, por exemplo, portadores de necessidades especiais: o piso até chegar o flutuante é com pequenas manchinhas de madeira separadas por um vão e isso não é um piso adequado para um cadeirante, para alguém que está com uma muleta”, explicou o chefe da unidade da Antac em Florianópolis, Maurício Medeiros de Souza.

Trapiche de Canasveiras não atende aos requisitos da Antaq (Foto: reprodução NSC TV) Trapiche de Canasveiras não atende aos requisitos da Antaq (Foto: reprodução NSC TV)

Trapiche de Canasveiras não atende aos requisitos da Antaq (Foto: reprodução NSC TV)

Conforme Souza, a intenção do relatório é mostrar para quem está explorando essa instalação portuária pontos que precisam ser melhorados. “Se continuar dessa maneira, essa instalação não tem maneira de receber navio de cruzeiro, não tem segurança suficiente, não tem conforto, não tem condições de prestar serviço adequado ao passageiro”, afirmou.

Segundo a prefeitura, a operadora do cruzeiro apontou também a demora do trajeto entre o navio e o trapiche, que teve um tempo médio de 30 minutos, sendo que o ideal seria metade disso. O resultado era esperado pela Superintendência de Turismo de Florianópolis.

“Os técnicos da Antaq estiveram conosco durante todo tempo, tanto antes da escala, quanto no dia da escala fora e dentro do navio e já conversamos naquele período sobre as melhorias que teríamos que fazer, o que temos que fazer para as próximas temporadas. Então, não fomos pegos de surpresa”, disse o superintendente de Turismo, Vinícius de Lucca Filho.

Novo trapiche

Depois da divulgação do relatório, a prefeitura da capital propôs que, ao invés de usar o trapiche de Canasvieiras, seja utilizado o de Canajurê, entre Canasvieiras e Jurerê. O investimento e a exploração do serviço seriam feitos por uma empresa particular.

“Uma das marinas que ficou interessada na região de Canajurê está elaborando um projeto, vai submeter à prefeitura, vai submeter à SPU [Superintendência Pública da União) e vai submeter também o pedido de escala à Antaq para que na próxima temporada nós recebamos novos navios”, disse o superintendente.

Cruzeiros ficaram oito anos sem atracar em Florianópolis (Foto: reprodução NSC TV) Cruzeiros ficaram oito anos sem atracar em Florianópolis (Foto: reprodução NSC TV)

Cruzeiros ficaram oito anos sem atracar em Florianópolis (Foto: reprodução NSC TV)

Para isso, é preciso licença ambiental, autorização da Superintendência Pública da União (SPU) e, por fim, uma nova autorização da Antaq, que vai avaliar novamente se o local atende todos os requisitos exigidos para garantir a segurança do serviço e dos passageiros.

“Para cada localidade tem seu licenciamento ambiental, são diferentes os requisitos junto às autoridades marítimas, marinha”, explicou o chefe da Antaq.

Mesmo com todas essas exigências, a prefeitura espera que em fevereiro possa ser feita uma nova escala em Florianópolis, dessa vez, no trapiche de Canajurê.

A reportagem entrou em contato com a SPU para saber se essa empresa privada já tinha feito algum pedido de liberação para usar a marina para receber navios de cruzeiros, mas ainda não teve resposta.

Fonte: G1






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