A Associação Brasileira da Indústria do Arroz (Abiarroz) e a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex) lançam nesta quarta-feira, em Porto Alegre, a segunda etapa do programa Brazilian Rice, focado na ampliação das exportações do produto beneficiado. A meta é chegar a US$ 125 milhões em embarques em 2017, ante os US$ 100 milhões previstos para este ano e os US$ 57,1 milhões de 2013, primeiro ano do projeto. Em 2014 a cifra foi de US$ 73,4 milhões.
Segundo o gerente do Brazilian Rice na Abiarroz, André Anele, o programa pretende também ampliar o número de exportadores e de mercados para o arroz brasileiro. A segunda etapa, que vai até agosto de 2017, tem ainda como objetivo iniciar os embarques de derivados de maior valor agregado, como macarrão, biscoitos e óleo, produzidos por empresas como Urbano, Cerealle, Brasília Alimentos e Josapar.
A nova fase reforçará as ações de promoção comercial e técnica em feiras e congressos e a distribuição de material institucional nas embaixadas brasileiras em mercados-alvo. O primeiro convênio, válido até este ano, destinou R$ 1,4 milhão ao trabalho. O próximo terá R$ 2 milhões, sendo 68,5% por conta da Apex e 31,5% da Abiarroz.
Conforme Anele, no ano-safra de março de 2014 a fevereiro de 2015 o arroz beneficiado respondeu por 42% do volume das exportações brasileiras do cereal, ante 40% de quebrados e 18% em casca, e o plano é elevar a fatia a 50% em 2017/18. Hoje metade das 30 empresas vinculadas ao Brazilian Rice exporta diretamente, mas o número deve chegar a 25 daqui a dois anos graças a ações de capacitação, estimou.
Outra meta da Abiarroz e da Apex é elevar de 40 para 50 o número de mercados para as arrozeiras associadas ao programa. Hoje, os principais destinos para o arroz beneficiado do Brasil são Cuba, Peru, Iraque, Arábia Saudita e Jordânia, mas há ainda embarques para EUA, Costa Rica, Suíça e Espanha e países africanos. Os principais concorrentes do Brasil são Uruguai, EUA, Índia, Tailândia e Vietnã.
Segundo ele, o plano é ampliar os esforços de vendas para o Oriente Médio, onde os importadores pagam ágio de até US$ 150 por tonelada em relação à média de US$ 500 a US$ 550 por tonelada embarcada nos portos brasileiros. Outros alvos são a América Central e países da África como a Nigéria.
Fonte: Valor Econômico/Por Sérgio Ruck Bueno | De Porto Alegre
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