Vinte e um dos 46 contêineres que caíram no mar, no último dia 11 de agosto, na Barra de Santos, já foram mapeados pela armadora Log-In, proprietária do cargueiro Log-In Pantanal, até esta quinta-feira (7), de acordo com informações do Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama). Quatro já haviam sido removidos. O restante, conforme informações da agente ambiental Ana Angélica Alabarce, foi localizado pela empresa nas redondezas do acidente.
“Para sete deles, já está garantido o planejamento de retirada, que ainda não tem prazo para ocorrer. Todos estão nas proximidades da Barra de Santos, onde aconteceu o sinistro. Porém, por ser um trabalho muito complicado, cada contêiner terá um plano específico para sua remoção”.
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Conforme noticiado por A Tribuna no último dia 25, o Ibama deu prazo de 30 dias para que a armadora resgatasse todos os objetos e informasse a destinação de cada um deles.
“Nós estamos acompanhando os trabalhos e, por enquanto, não foi definido nenhum auto. Temos que aguardar até onde tudo isso chega (parte da carga) e se vai ocorrer poluição com essa carga”, comenta a agente ambiental, lembrando que, apesar de os contêineres ainda permanecerem no fundo do mar, não houve registros de contaminação no oceano.
Os trabalhos de limpeza na região costeira de São Paulo, segundo a agente do Ibama, continuam na região e ainda não há previsão de término. As caixas metálicas e as mercadorias que estavam sendo transportadas foram encontradas em vários pontos do Litoral Paulista após o acidente.
“Sempre que recebemos alguma denúncia, a empresa é informada e, de imediato, é feita a limpeza. A população pode ficar tranquila porque tudo está sendo feito com muita responsabilidade”.
Acidente
Depois de sair de um terminal do Porto de Santos, no dia 10 de agosto, o Log-In Pantanal aguardava no fundeadouro 3 (área na costa de Guarujá onde os navios esperam uma vaga no cais) autorização para atracar em outra instalação. Entre 1 hora e 2h50 do dia 11, com a forte agitação do mar e ondas que ultrapassavam os quatro metros, contêineres que estavam no convés da embarcação caíram no mar.
Com a queda, alguns contêineres que caíram acabaram abertos e os produtos que transportavam se espalharam pelo mar. Isso levou moradores da região a ir ao local com barcos e pegar os artigos - o que foi combatido pelas autoridades policiais. Entre as cargas recolhidas da água, estavam mochilas, bicicletas (avaliadas em mais de R$ 12 mil) e aparelhos de ar-condicionado.
Fonte: A Tribuna