Bloqueios em rodovias causaram colapso, avalia Centronave

O Centro Nacional de Navegação Transatlântica (Centronave), que representa 22 empresas que operam no longo curso no Brasil, alertou para o efeito em cascata dos bloqueios de rodovias e terminais. A associação avalia que os impactos da greve dos caminhoneiros trazem consequências para o comércio exterior brasileiro, que está prestes a entrar em colapso, uma vez que as cargas de importação e para exportação não estão podendo ser movimentadas. A entidade ressaltou que os acessos aos terminais de Santos, principal porto do país, permanecem bloqueados na tarde desta quarta-feira (30).

Os terminais reduziram suas atividades e operações, devido ao congestionamento de cargas. Segundo o Centronave, os pátios encontram-se abarrotados de contêineres e de carga geral, inviabilizando as operações de desembarque ou de novos embarques. "Os navios começarão a passar direto sem escala, uma vez que não podem fazer embarques ou descarregar.  Os contêineres descarregados permanecem nos terminais santista, por falta de transporte. As operações com cargas de exportação estão limitadas, na melhor das hipóteses, ao transbordo", informou.

De acordo com o Centronave, a situação de Santos se repete em maior ou menor grau nos demais portos do país, como  Rio de Janeiro, Paranaguá (PR) e Suape (PE), que seguem congestionados. A associação diz que, a despeito do anúncio feito no domingo (27) pelo governo sobre o atendimento de todas reivindicações dos grevistas, uma série de bloqueios ainda não foram desfeitos, agravando a situação.

A entidade afirma que os bloqueios geraram atrasos em cadeia, uma vez que implica o cancelamento das escalas, em "efeito-dominó", cujos prejuízos ainda não foram totalmente estimados pelo setor de navegação. "Mesmo que as paralisações terminassem nesta quarta-feira (30), suas consequências — inclusive em termos financeiros — serão sentidas por longo prazo", avaliou em nota.

O Centronave entende que, por mais que algumas das reivindicações do movimento possam vir a ser consideradas legítimas, nada justifica paralisar o país com bloqueios generalizados, provocando desabastecimento e prejuízos que terão que ser suportados por toda a sociedade. "O Centronave conclama governos, nas diferentes esferas, e lideranças do setor privado a fazer do episódio uma lição e assumir, em conjunto, o firme compromisso de redefinir a estratégia logística do país, atribuindo maior peso ao transporte ferroviário e aquaviário", defendeu.

             


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(Da Redação)






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