A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) divulgou, nesta quinta-feira (13), que a safra de grãos 2024/2025 no Brasil deve alcançar 325,7 milhões de toneladas, um aumento de 9,4% em relação à temporada anterior. Esse crescimento resulta de um aumento de 2,1% na área cultivada, que chega a 81,6 milhões de hectares, e de uma recuperação de 7,1% na produtividade média, estimada em 3.990 quilos por hectare. Caso o cenário se confirme, este será o maior volume já colhido na série histórica da Conab. O milho se destaca com uma produção estimada de 122 milhões de toneladas, um avanço de 5,5% sobre o ciclo anterior.

A primeira safra do cereal já teve 13,3% da área colhida, e, apesar da redução de 6,6% na área semeada, a produtividade aumentou 9,9%, resultando em 23,6 milhões de toneladas. A segunda safra já foi semeada em 18,8% da área e deve alcançar 96 milhões de toneladas, crescimento de 6,4%. A colheita da soja está em 14,8% da área plantada, com produção estimada em 166 milhões de toneladas, um aumento de 18,3 milhões de toneladas em relação ao ciclo anterior. Esse resultado se deve à maior área cultivada e à recuperação da produtividade, favorecida pelo clima, especialmente no Paraná, Santa Catarina e Centro-Oeste, com exceção de Mato Grosso do Sul e Rio Grande do Sul, que enfrentaram restrição hídrica.

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O arroz teve a semeadura praticamente concluída, com área de 1,7 milhão de hectares, crescimento de 6,4%, e uma produção prevista de 11,8 milhões de toneladas, alta de 11,4% sobre a safra anterior. No Rio Grande do Sul, principal produtor, as condições climáticas preocupam, mas não indicam impacto significativo na produtividade. A produção de feijão nas três safras deve atingir 3,3 milhões de toneladas. A primeira safra já teve 47% da área colhida e deve alcançar 1,1 milhão de toneladas. A segunda safra está em fase inicial de plantio e tem projeção de 1,46 milhão de toneladas, enquanto a terceira deve render 778,9 mil toneladas.

O algodão também apresenta crescimento, com área de plantio 4,8% maior, totalizando 2 milhões de hectares. A produção de pluma pode atingir um recorde de 3,8 milhões de toneladas, caso as projeções se confirmem. No caso das culturas de inverno, as primeiras estimativas indicam que a produção de trigo deve atingir 9,1 milhões de toneladas.

O plantio no Paraná começará em abril, enquanto no Rio Grande do Sul terá início em maio. A demanda interna por milho foi ajustada para 86,9 milhões de toneladas devido à maior atratividade dos preços no plantio da segunda safra. Com isso, as exportações devem registrar uma leve redução, totalizando 34 milhões de toneladas. Já no mercado de arroz, a produção garantirá o abastecimento interno e possibilitará exportações de 2 milhões de toneladas.