Café brasileiro registra queda no volume e recorde em receita com exportações em 2025

O Brasil exportou 2,963 milhões de sacas de café em maio de 2025, uma redução de 33,3% em relação ao mesmo mês do ano anterior. Apesar da queda no volume, a receita cambial avançou 21,1%, atingindo US$ 1,243 bilhão, conforme dados do boletim mensal do Cecafé. No acumulado do ano safra 2024/25, o país embarcou 42,968 milhões de sacas, com receita recorde de US$ 13,691 bilhões, um aumento de 52,3% na receita, mesmo com recuo de 2% no volume.

No recorte do ano civil, entre janeiro e maio de 2025, as exportações somaram 16,790 milhões de sacas, volume 19,2% menor em relação ao mesmo período de 2024. Ainda assim, o faturamento foi o maior já registrado para o período, totalizando US$ 6,483 bilhões — um crescimento de 44,3%. Segundo o presidente do Cecafé, Márcio Ferreira, a retração nos embarques reflete a menor disponibilidade de café arábica, cuja colheita se intensifica apenas em junho, além da perda de competitividade dos cafés canéforas frente a outros países produtores como Vietnã e Indonésia. Por outro lado, a valorização das exportações é explicada pelos altos preços internacionais impulsionados por safras afetadas por eventos climáticos em diversos países.


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Os Estados Unidos lideraram as importações de café brasileiro no acumulado de 2025, com 2,874 milhões de sacas (17,1% do total), apesar da queda de 17,4%. A Alemanha foi o segundo destino, com 2,112 milhões de sacas (-28,7%), seguida por Itália, Japão e Bélgica. O café arábica manteve a liderança nas exportações, com 14,116 milhões de sacas, seguido pelo solúvel (1,641 milhão), canéfora (1,011 milhão) e o torrado e moído (22.128 sacas).

O Porto de Santos continua sendo a principal via de escoamento, com 13,562 milhões de sacas exportadas entre janeiro e maio (80,8% do total). O complexo portuário do Rio de Janeiro e o Porto de Paranaguá vêm na sequência, com participações de 14,9% e 1%, respectivamente.

Os cafés diferenciados, com certificações de qualidade ou sustentabilidade, representaram 22,1% das exportações totais no período, com 3,703 milhões de sacas. Embora esse volume seja 7,2% inferior ao do ano anterior, a receita cambial cresceu 70,5%, atingindo US$ 1,631 bilhão — 25,2% do total arrecadado com café no ano. Os principais destinos desse segmento foram os EUA, Alemanha, Bélgica, Itália e Holanda, com os americanos comprando 709.586 sacas, o que representa 19,2% das exportações de cafés diferenciados.






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