A Cargill Agrícola foi autuada em R$ 2,5 milhões pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) em razão dos danos ocasionados a partir do vazamento de óleo de um navio operado pela empresa que estava atracado no Porto de Santos, no litoral de São Paulo. O acidente ocasionou mortandade de peixes.
O vazamento ocorreu durante abastecimento do navio Golden Trader II, então de bandeira filipina, enquanto o cargueiro de granéis sólidos operava no cais do Armazém 38, em agosto de 2017. O óleo atingiu o mar e se espalhou por área de 2 mil metros quadrados, segundo o auto do Ibama. Foram necessários nove dias para a limpeza.
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A autoridade ambiental federal estima que foram removidos quase 10 mil litros de resíduos do mar a partir de boias de contenção e mantas de absorção que foram lançadas na água pelas equipes de emergência para conter o avanço da mancha do produto. O óleo também precisou ser retirado do casco do navio e do costado, no cais.
Navio derramou óleo enquanto estava atracado no Porto de Santos, SP — Foto: Divulgação/Ibama Navio derramou óleo enquanto estava atracado no Porto de Santos, SP — Foto: Divulgação/Ibama
Navio derramou óleo enquanto estava atracado no Porto de Santos, SP — Foto: Divulgação/Ibama
Durante os trabalhos de limpeza, os agentes federais constataram que o produto também ocasionou a morte de peixes no Estuário, utilizado para acesso aos terminais do complexo portuário. O fato, cuja dimensão não foi divulgada, agravou a multa, que foi aplicada ao final do trabalho de investigação do Ibama e da autoridade marítima.
As circunstâncias do vazamento, assim como as responsabilidades, couberam aos peritos da Capitania dos Portos de São Paulo (CPSP), órgão da Marinha do Brasil, apurar. O resultado do inquérito é apresentado ao Tribunal Marítimo para eventual punição dos representantes da embarcação enquanto ela operava no porto.
Por meio de nota, a multinacional autuada informou que analisa como vai se defender. "A Cargill esclarece que não possui qualquer relação com o armador, tendo a sua divisão de Agência de Navegação figurado como mera 'agente protetora' do afretador, ou seja, apenas acompanhando os serviços prestados à embarcação no porto", declarou.
Fonte: G1