Chegada de chapas de aço dá início à construção de cascos em RG

Primeiro dos oito cascos de FPSOs deve ficar pronto no primeiro quadrimestre de 2013

Em visita ao Estaleiro Rio Grande (ERG1), hoje, 16, o governador Tarso Genro verificou as primeiras chapas de aço vindas da Coreia para a fabricação dos oito cascos de plataformas do tipo FPSOs (sigla em inglês para plataforma flutuante que produz, processa, armazena e escoa petróleo) para o Pré-sal.

A carga, desembarcada do navio STX Azaleia no final de semana passado, consiste em 20 mil toneladas de chapas de aço. A chegada delas dá início a obra física de construção dos oito cascos no ERG1, onde está implantado o primeiro dique seco de grande porte do País.

Conforme Gerson de Mello Almada, presidente da Ecovix (Engevix Construções Navais), empresa criada pela Engevix para fazer a construção destes cascos, os trabalhos para execução destes empreendimentos já vinham ocorrendo e são feitos em fases. "Já estamos praticamente no final da fase de engenharia e estamos na de suprimentos e compra de material, como chapas e válvulas", relatou Almada. Ele informou que o primeiro casco de FPSO para o Pré-Sal ficará pronto no primeiro quadrimestre de 2013.

Almada adiantou ainda que a empresa vai ampliar a linha de manuseio de chapas e painéis existente atualmente no canteiro de obras do ERG1. Hoje, esta linha tem capacidade para processar 1,2 mil toneladas de chapas por mês e será feita outra para mais 2,5 mil toneladas por mês. Num segundo momento, no ERG2, será construída outra com capacidade para 8,5 mil toneladas/mês.

A transformação das chapas em painéis e destes em blocos de aproximadamente 500 toneladas cada para formação dos cascos ocorrerá em terra. Já a montagem destes será feita dentro do dique seco, trabalho que terá início em meados de 2012, após a conclusão da P-55. A obra de construção destes cascos, na qual serão investidos 3,46 bilhões de dólares, irá gerar entre 800 e 1000 empregos diretos este ano e deverá chegar a 5,8 mil no início de 2012. Para cada emprego direto, deverão ser gerados três indiretos.

Os oito cascos de plataformas são destinados à primeira fase de desenvolvimento da produção do polo Pré-Sal da Bacia de Santos. Essas unidades, batizadas de "replicantes", integram a nova geração de unidades de produção concebidas segundo parâmetros de simplificação de projetos e padronização de equipamentos. Cada plataforma terá capacidade para processar diariamente até 150 mil barris de óleo e 6 milhões de metros cúbicos de gás.

ERG2

A construção do Estaleiro Rio Grande 2, adquirido da WTorre pela Engevix, tem início previsto para março. No entanto, para concretizar esta meta a empresa está dependendo da obtenção da Licença de Instalação (LI) a ser emitida pela Fepam. A expectativa é que a espera pela LI não ultrapasse o mês de março, do contrário atrapalhará o projeto. O governador Tarso Genro anunciou que buscará formas de agilizar este processo. Uma das medidas que o governador pretende adotar é a contratação de mais servidores para a Secretaria do Meio Ambiente.

O ERG2, que dará apoio ao RG1, terá área de 350 mil metros quadrados. Será construído ao lado do ERG1 e começará com uma fábrica de painéis com capacidade para 8,5 mil toneladas/mês. A aquisição do ERG2 possibilitará a Engevix condições para construção dos seis navios-sonda que a empresa pretende fazer para a Petrobras. A implantação da primeira fase deste segundo estaleiro demandará 14 meses de obras e se constituirá num investimento de R$ 380 milhões. A execução da segunda fase, dependerá da conquista do contrato das sondas. A construção do ERG2 deverá gerar 500 empregos.

Fonte: Jornal Agora (RS)/Carmem Ziebell

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