Codesp quer reduzir tempo de espera para atracação no Porto de Santos

A Companhia Docas do Estado de São Paulo (Codesp), a Autoridade Portuária de Santos, planeja reduzir em até 34%, de 9 para 6 dias em média, o tempo de espera dos navios para atracação no complexo marítimo. Para tanto, aposta em planejamento logístico e na utilização do transporte hidroviário no Canal do Estuário. 

Essas medidas também vão evitar congestionamentos na malha rodoviária regional e garantir uma maior movimentação anual de cargas, ultrapassando a marca recorde atingida no ano passado, quando somou 129 milhões de toneladas.


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Esses planos foram apresentados pelo diretor-presidente da Codesp, José Alex de Oliva, na manhã de terça-feira, durante o Fórum Safra 2018. O evento debateu os procedimentos a serem adotados por empresas e autoridades do setor, para o escoamento das safras agrícolas deste ano pelo Porto. O encontro reuniu representantes da comunidade portuária no Terminal de Passageiros Giusfredo Santini (Concais). 

A expectativa neste ano é que até 56 milhões de toneladas de cargas agrícolas sejam embarcados para o exterior pelo complexo portuário santista – um aumento de 10% em relação à marca atual.

No fórum, Oliva explicou que, ao assumir a presidência da Docas, em 2015, o prazo para uma embarcação atracar no cais santista era de até três semanas. No final do ano passado, essa janela caiu para 9 dias. 

“O desafio para 2018 é que o navio não passe de 6 dias esperando para carregar. O desempenho do Porto de Santos reflete a economia brasileira. Estamos sinalizando ao País que é possível avançar”, diz.

O diretor-presidente sustenta, entretanto, que o tempo de espera ainda é superior a outros terminais portuários nacionais. Ele apontou que, em alguns portos das regiões Sul e Nordeste, a janela de embarque de cargas é inferior a 96 horas. Em Roterdã (Holanda), o liberação do navio ocorre em tempo médio de 2 dias. 

O maior prazo para a atracação contribui para elevar em até quatro vezes os custos do transporte dos produtos brasileiros.

Transporte hidroviário

Uma maior agilidade para embarcar as mercadorias é esperada com o início das operações do transporte hidroviário, que será inaugurado no próximo dia 2, data em que o Porto completará 126 anos. A solenidade terá a presença do ministro dos Transportes, Portos e Aviação Civil, Maurício Quintella.

O projeto-piloto desse transporte prevê a utilização de 17 quilômetros do Canal do Estuário, entre Cubatão e os terminais portuários. Oliva explica que, nessa fase, apenas contêineres serão movimentados pelo modal aquaviário e será possível retirar até 350 caminhões das vias próximas ao Porto por dia. 

A autoridade portuária não descarta a venda de créditos de carbono – comprovante de que reduziu a emissão de gases do efeito estufa em suas atividades – com a medida. 

Escoamento

Também durante o Fórum Safra 2018, o secretário de Políticas Agrícol</MC>as do Ministério da Agricultura, Sávio Rafael Pereira, indicou que ao menos 56 milhões de toneladas de granéis sólidos vegetais (açúcar, soja e milho) serão embarcados no Porto neste ano. A expectativa da pasta é similar à previsão feita no final do ano passado pela Codesp.

A quantidade de alimentos escoados pelo cais santista representa a metade da produção agrícola brasileira, estimada entre 110 milhões e 115 milhões de toneladas. No ápice de transporte da carga dos gêneros alimentícios, mais de 14 mil caminhões devem passar pelo Porto por dia – uma alta de 55% ante a média de 9 mil veículos pesados.

Segundo o diretor executivo do Sindicato dos Operadores Portuários do Estado de São Paulo (Sopesp), José dos Santos Martins, até 32% dos alimentos exportados chegam ao Porto por caminhões. A novidade dessa safra é que, desde novembro passado, todos os terminais de granéis vegetais estão interligados ao projeto Cadeia Logística Portuária Inteligente (Portolog), do Governo Federal. 

O sistema informatizado permite o acompanhamento do transporte rodoviário das cargas desde as zonas produtoras até os terminais marítimos. Assim, é possível organizar seu escoamento e garantir que, na chegada das mercadorias, não haja congestionamentos nas estradas locais. Essa alternativa foi utilizada por empresas do cais na temporada passada. “Escoamos a maior safra de grãos e não tivemos filas nas rodovias. Isso ocorreu com planejamento estratégico e entrosado dos operadores portuários”, sustenta Carlos Canno, diretor do Ecopátio, um dos pátios reguladores de caminhões do Porto.

Fonte: A Tribuna

 






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