CSA inicia embarques de placas no Rio

Embarca para a Alemanha dia 22 o primeiro navio com 10 mil toneladas de placas de aço produzidas pela ThyssenKrupp CSA. Instalada em Santa Cruz, no Rio, a siderúrgica é controlada pelo grupo alemão e tem a Vale como sócia minoritária, A primeira placa de aço da siderúrgica foi produzida dia 7, cinco anos após o início das obras do projeto que consumiu € 5,2 bilhões. Rodrigo Tostes, vice-presidente financeiro da empresa, informou ao Valor que essa pequeno lote será enviado à matriz alemã para ser avaliado e submetido a testes de qualidade, conforme programado.

"A partir de agora, a operação normal da usina vai ocorrer gradualmente. A meta é chegar a produzir pouco mais de 3 milhões de toneladas de placas de aço entre setembro deste ano e setembro de 2011", disse. A expectativa é alcançar a capacidade plena numa primeira etapa - de 5 milhões de tonelada - até meados de 2012. "Tudo vai depender do mercado de aço, que começa a reagir na Europa e no mercado americano". O executivo informou que a produção CSA será 60% destinada a usina que o grupo alemão acaba de construir nos Estados Unidos, no Alabama e os restantes 40% às usinas alemãs.

Neste começo de operação da usina, as placas que a empresa vai produzir não serão destinadas à ThyssenKrupp USA, que também está em fase inicial de operação, com inauguração programada para 8 de dezembro. Tostes disse que, como as duas usinas (do Brasil e EUA ) estão em fase de teste, o grupo determinou que as placas de Santa Cruz produzidas neste ano vão ser embarcadas a partir de outubro para laminação na Alemanha. Daí, irão fornecer placas de sua produção para usina americana. "Como são dois grandes projetos que estão nascendo casados é muito arriscado tornar um dependente do outro desde o início, quando ainda estão em fase de teste", afirmou. A Thyssen USA terá capacidade plena de produção de 4,3 milhões de toneladas, principalmente galvanizados para a indústria automotiva americana.

O complexo siderúrgico de Santa Cruz está em fase pré-operacional, na avaliação de Tostes. O empreendimento já conta com um alto-forno com capacidade de produção de 2,5 milhões de toneladas de gusa em atividade e a aciaria já entrou em operação esta semana. Também a primeira bateria da coqueria começou a funcionar há duas semanas. O segundo alto-forno e a segunda bateria de coque ainda não têm prazo para entrar em operação.

O executivo admitiu que a siderúrgica teve alguns problemas de funcionamento na máquina de moldar gusa, antes da entrada em operação da aciaria, o que gerou problemas ambientais. "Tivemos um problema na máquina de produzir pão de gusa porque a aciaria não estava funcionando. Fizemos várias ações para reduzir a emissão de partículas. Corrigimos o processo. O Inea (órgão estadual de ambiente do Rio) esteve aqui no dia da produção da primeira placa. Agora, a aciaria está funcionando e ela absorve através de um mecanismo de desempoeiramento todo este material internamente. Acredito que agora teremos este problema (ambiental) zerado".

Tostes admitiu que a empresa foi multada em R$ 1,8 milhão pelo Inea por causa das partículas de gusa. "Ainda não temos uma decisão em relação a multa, pois estamos analisando e ainda há prazo para a resposta". O Inea foi procurado pelo Valor, mas não foi possível contatar a direção do órgão.

Fonte: Valor Econômico/Vera Saavedra Durão | Do Rio

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