CSP injetará cerca de R$ 29 mi com folha de pagamentos

A Companhia Siderúrgica do Pecém (CSP) prevê injetar na economia da região de São Gonçalo do Amarante, quando começar as suas operaçãoes, cerca de R$ 29 milhões por mês com a folha de pagamento de 2800 funcionários. Na contramão do cenário econômico nacional, a CSP vem contratando, em média, 67 funcionários por mês para trabalhar na fase de instalação da usina no Complexo Industrial e Portuário do Pecém (CIPP).

Essa média vai subir para 166 empregados/mês até o final do ano. Essa semana será contratado o milésimo funcionário. Em janeiro, eram 550. A projeção é admitir mais 400 pessoas no próximo trimestre, sem contar os 1100 que serão efetivados via parceria com o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai) até o final do ano.

Esse quadro representa 34% do efetivo planejado pela empresa quando estiver em pleno funcionamento. Segundo o gerente geral de recursos humanos, Julio Castro, neste momento, o esforço principal é estruturar uma equipe especializada que irá garantir a segurança, produtividade e qualidade da operação.

Hoje, 70% do quadro é composto por pessoas do Ceará e 30% de fora, especialmente do Sudeste. Entre eles alguns aposentados. Com 70% da obra edificada, Castro, que conta com mais um gerente para comandar dois coordenadores e 34 colaboradores, comemora o cumprimento da programação estabelecida até o início do funcionamento.

Os contratados, por terem expertises na área estão auxiliando na fase pré-operacional da CSP. Pelos perfis das ocupações, o efetivo conta entre 80% e 90% de homens. O salário varia muito de cargo, mas em média para o operacional da usina o salário em benefício é R$ 2 mil, incluindo vale alimentação, vale-refeição, plano de saúde e odontológico e transporte.

Oportunidades
Entre as vagas disponíveis no site da empresa estão: analista de engenharia industrial, coordenador de manutenção predial, analista de planejamento logístico, operador de área de refino primário, técnico de refino no convertedor, técnico de operação da preparação de panelas de aço, gerente de coordenação de projetos de comissionamento, supervisor de sincronismo, supervisor de operações de ponte rolante, líder de suporte da área de refino primário gusa KR.

Segundo análise do diretor setorial mecânico do Sindicato das Indústrias Metalúrgicas Mecânicas de Material Elétrico no Estado do Ceará (Simec), Fernando Castro Alves, o setor metal mecânico percebeu a crise e algumas empresas, que atendiam apenas um segmento, buscaram diversificar as atividades e estão mantendo ou aumentando o seu faturamento com novos negócios e investimentos na área de gestão interna para redução de custos.

Outro detalhe que Alves observa é o ganho de espaço das pequenas e médias empresas no setor petroquímico com a crise da Petrobrás. Elas passaram a negociar diretamente com os compradores sem intermediários.

Com a instalação da CSP no Cipp ele acredita que a região receba novas empresas que poderão abastecer a companhia nos seus negócios, incluindo matéria-prima.

Outras indústrias, de vários segmentos, estão com protocolo junto ao Governo. “A instalação da CSP foi a sorte grande do Ceará. Brigamos pela Refinaria, mas foi melhor termos uma siderúrgica com maior parte de capital privado”, declara Alves.

Saiba mais

A Companhia Siderúrgica do Pecém (CSP) é a primeira empresa a operar no País em regime de Zona de Processamento de Exportação (ZPE).

Em sua fase inicial, a CSP irá produzir três milhões de toneladas de placas de aço/ano para exportação. Toda a produção já está garantida em contrato com os próprios acionistas.

No final de abril, foi oficializado para CSP financiamento para 12 anos no valor de US$ 3 bilhões. Foram US$ 900 milhões via Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e US$ 2,1 bilhões das agências coreanas KExim e KSure, que financiam diretamente e também atuam como garantidores de sete bancos comerciais.

A operação completou os recursos de US$ 2,4 bilhões dos acionistas, para garantir a finalização da obra e início da operação, ambos previstos para primeiro semestre de 2016. O orçamento total do projeto é de US$ 5,4 bi.

Em quatro anos de obras, os acionistas já aplicaram no projeto US$ 2,1 bilhões em recursos próprios, restando apenas o aporte adicional de cerca de US$ 300 milhões para manter a razão de 55%/45% entre recursos de terceiros e próprios.

Quando estiver em operação - previsão é primeiro semestre de 2016 - irá gerar 2,8 mil empregos diretos e 1,2 mil terceirizados. CSP vai remunerar num patamar 30% acima da média do mercado local, principalmente para as funções de nível técnico-operacional.

Fonte: O Povo (CE)/Carol Kossling






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