Delator aponta fraude em obras de expansão do Porto de Itaqui

As obras de expansão do Porto de Itaqui, maior terminal da Região Norte do País, localizado em São Luís (MA), foram alvos de conluio e combinação de preços entre as empreiteiras Odebrecht, Andrade Gutierrez e Serveng, além de envolverem o pagamento de caixa 2. Os crimes foram detalhados pelo delator Raymundo Santos Filho, ex-executivo que atuava em operações da Odebrecht nas regiões Nordeste e Centro-Oeste.

Segundo o delator, as empreiteiras combinaram os preços da reforma de dois berços de atracação do porto e da construção de um terceiro berço, intervenções que somaram mais de R$ 180 milhões e foram iniciadas em 2006. “Procuramos a Andrade Gutierrez para fazer um acordo para atuar nessas obras”, disse Santos Filho.


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Juntas, as duas empreiteiras foram procurar a Serveng para combinar os preços das três obras, mas a empresa negou, pois já estava na região e queria ficar com a construção do terceiro berço, disse o relator. Por isso, Odebrecht e Andrade acabaram ficando apenas com a expansão dos dois berços que já existiam.

Em 2008, disse o delator, o então deputado federal e presidente da Empresa Maranhense de Administração Portuária (Emap), João Castelo (PSDB), morto em dezembro de 2016, pediu dinheiro ao consórcio Odebrecht- Andrade para financiar sua campanha à Prefeitura de São Luís, eleição que viria a vencer. 

Segundo Raymundo Santos Filho, R$ 200 mil foram repassados a João Castelo em julho de 2008. “Essa ajuda foi prestada em dinheiro vivo”, disse. “A Andrade providenciou os recursos de R$ 200 mil”.

O pagamento do caixa 2 era uma contrapartida dada a João Castelo, que teria atuado em Brasília para destravar pagamentos das obras, os quais estavam atrasados pelo Governo Federal. 

Procurada, a empreiteira Andrade Gutierrez afirmou que não iria se pronunciar sobre as acusações. A reportagem enviou mensagem à Serverg, mas não obteve retorno.

Fonte: A Tribuna






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