Mais de dois meses após a queda, na Barra de Santos, de 46 contêineres que estavam a bordo do navio Log-In Pantanal, os trabalhos de retirada dos cofres do mar ainda não tiveram sucesso. Nessa sexta-feira (13), a empresa responsável pelo serviço fez mudanças no processo, após o rompimento de cabos de aço utilizados para içar as caixas metálicas submersas.
Em 11 de agosto, após realizar suas operações no terminal Embraport, na Área Continental de Santos, o Log-In Pantanal aguardava na barra para retornar ao complexo, a fim de carregar cargas na Brasil Terminal Portuário (BTP), na Alemoa. Enquanto esperava para atracar, enfrentou uma forte ressaca no mar e os 46 contêineres caíram no Barra.
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Desses contêineres, oito acabaram boiando - e quatro deles foram removidos pela empresa. As outras quatro caixas metálicas foram saqueadas.
Em seguida, a empresa iniciou o rastreamento do leito marítimo da região, com o objetivo de identificar onde os contêineres caíram. Na Barra de Santos, foram localizados sete, mas só cinco serão retirados neste primeiro momento.
A remoção dos contêineres está sendo realizada pela armadora Log-In e acompanhada pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama). Uma equipe com mais de 40 pessoas está envolvida. No grupo, há especialistas norte-americanos na retirada de produtos submersos.
Segundo a agente federal ambiental Ana Angélica Alabarce, que acompanhou os trabalhos, na última quinta-feira (12), houve o rompimento de correntes quando um contêiner era retirado do mar. Ninguém ficou ferido, mas após o incidente, os trabalhos foram interrompidos e retomados apenas nessa sexta.
"Foram colocadas correntes na lateral do contêiner e, quando o cabo foi puxado, elas estouraram. Agora, não será mais usada a corrente, apenas os cabos. Também há a pressão exercida pela areia, que dificulta bastante a retirada", explicou a agente.
Os mergulhadores atuam na retirada de um contêiner carregado com produtos automotivos. Ao lado, há outro com escovas de dente.
Os profissionais atuam em duplas, se revezando a cada 45 minutos, sempre durante o dia, por conta da baixa visibilidade do local. Após este período, eles são encaminhados a uma câmara hiperbárica para a estabilização da pressão.
Fonte: A Tribuna